segunda-feira, 30 de março de 2009

NÃO DÁ MAIS PRA SEGURAR

Queridos amigos

A cada minuto, o Maranhão faz pulsar nesse Gigante adormecido uma pergunta que nos estremece, perguntando : O que será que será? Para respondê-la, urge, não só escutá-la, intensamente, acolhendo os pedidos de socorros,de urgências, de amparos que elas carregam. Afinal, são muitas necessidades vitais negadas, são muitos sonhos ameaçados, por tanto tempo. São esperanças de crianças, de jovens, de adultos que estavam envolvidos, participando de um governo popular. Mas é urgente também, escolher os instrumentos que estão à nossa disposição, para compartilharmos dessa frente cívica que ficará na memória épica dos maranhenses e dos brasileiros, abrindo outros caminhos para nossas ações políticas.

O povo está nas ruas, e as iniciativas de defesa à democracia crescem e se complexificam a cada dia. Entre essas medidas, valeria a pena ressaltar as marchas de Imperatriz, de Itapecurú, de São Luís ,que bem que ilustram a indignação popular e a responsabilidade dos maranhense, os levando a organizar a "Nova Balaiada" que se espalha pelo Maranhão, pelo Brasil e com notícia pelo mundo a fora. Lado a lado com esse movimento, vai crescendo o número de ações que se endereçam ao Superior Tribunal Eleitoral, Mas, a presença de organizações, de profissionais também se multiplicam nessa luta. É o caso de jornalistas que, ora, enfrentam assaltos que lhe roubam registros, também espantosos das manifestações populares, (como bem nos relata Mário Jakobskind, transcrito a seguir), ora, analisam e se contrapõem às travas que se reproduzem tentando abortar os movimentos de emancipação do Maranhão (Luiz Nassif), ora, ainda, os compositores (como Zeca Baleiro, na Revista Isto É), que testemunham uma realidade em que sonhos e práticas democráticas são pisoteadas, como uma maneira indireta de nos fazer ver a potência de uma outra democracia que pede mais espaços no Brasil.

Em nome de tudo isto, compartilho com vocês este apelo ressonante, que vem do coração das ruas e das estradas, dos becos e ladeiras do Maranhão, que em meio a tantas desigualdades, confluem em defesa da honra que um voto, que foi traduzido em ações, viabilizando benefícios para um povo, até então acostado às margens da história, pode significar. Assim, mais de um milhão de analfabetos passaram a ser chamados a participar e a vislumbrar uma outra realidade, como, por exemplo, sua inserção, numa alfabetização educadora que vai avançando de mãos dadas com os que dela precisam, como bem exemplifica o PLANO DE ALFABETIZAÇÂO EDUCADORA de JOVENS, ADULTOS E IDOSOS (PAEMA), que está disponível no Blog do Luiz Nassif.

Se bem que a ressonância do canto de Gonzaguinha nos avisa a todas e a todos, que não dá pra segurar, não desejamos explodir os corações mas, mantê-los unidos ao generoso povo brasileiro e assim pensando apaixonadamente, conjugarmos instrumentos de afirmação democrática.
Professora Célia Linhares
MARANHENSE E PROFESSORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

O MARANHÃO DAS CICATRIZES



O MARANHÃO DAS CICATRIZES

Não costumo escrever artigo na primeira pessoa, mas neste caso não tem jeito, pois o principal protagonista é o próprio autor destas mal traçadas, que me deixou verdadeiramente com a pulga atrás da orelha.

Fui a São Luís do Maranhão participar de um Fórum sobre Jornalismo e Direitos Humanos a convite da coordenadoria de Comunicação Social da Faculdade São Luís, numa oportunidade de debater com os universitários em uma cidade onde existem 12 jornais diários, talvez um recorde brasileiro.

Deparei-me com futuros jornalistas - estavam inscritos no Fórum também estudantes de Direito e Administração - antenados com as questões atuais da mídia. Em síntese, procurei demonstrar que a mídia tem responsabilidade que não pode fugir e que os setores conservadores procuram a todo custo incutir na opinião pública preconceitos do tipo “direito humano é coisa de bandido” etc. Creditei este estereótipo ao gênero senso comum, lembrando que o então Governador Leonel Brizola foi linchado pela mídia hegemônica exatamente por exigir que a polícia do Estado, militar e civil, respeitasse os direitos humanos em áreas pobres da cidade. Lembrei que uma semana antes da morte de Brizola, um articulista de O Globo, em junho de 2004, acusava o ex-governador de ser o responsável pela onda de violência que se abatia (e continua até hoje) sobre o Rio.

Na minha passagem pela capital maranhense aproveitei a oportunidade para realizar uma reportagem sobre a crise política que se abateu sobre o Estado com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de cassar o mandato do Governador Jackson Lago sob a alegação de “abuso do poder econômico” na eleição de outubro de 2006. Consegui me deslocar até o município de Santa Rita, a cerca de 70 quilômetros de São Luís, para ver a “Marcha Balaiada em defesa do voto”, organizado por movimentos sociais maranhenses, com destaque para o MST, e partidos políticos como o PT e PDT. Os manifestantes vinham de uma caminhada de 600 quilômetros denunciando o que consideravam um golpe da família Sarney contra a vontade popular.

Com uma máquina de filmar digital registrei a manifestação, que culminou com um comício do qual participou o ex-Ministro das Cidades e ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra. Fiquei radiante, pois tinha certeza que as imagens colhidas seriam possivelmente inéditas no Rio de Janeiro e mesmo em outras cidades brasileiras.

No dia seguinte, quando tinha pautado filmar a fachada do Tribunal de Contas do Estado, que tem o nome de Roseana Sarney, estampado em bronze, fui surpreendido com um assalto, na lagoa Jansen, praticado por cinco jovens (possivelmente nenhum deles tinha mais de 20 anos) que foram diretos na bolsa que eu levava no ombro, onde se encontrava, devidamente protegida, a máquina filmadora. Tinha colocado dentro da bolsa, juntamente uma câmara fotográfica, exatamente para não chamar a atenção, pois sabia que atualmente nas grandes cidades brasileiras todo o cuidado é pouco para estas coisas.

Dentro do possível procurei resistir à investida, mas não foi possível. De quebra os ladrões ainda esfaquearam a minha mão direita, abrindo uma “avenida”, o que exigiu que tivesse de levar cinco pontos num posto de saúde. Fiquei com a pulga atrás da orelha inclusive pelo fato de os ladrões não terem se interessado pelo relógio de pulso que eu portava e o dinheiro que levava no bolso. Depois, ainda por cima fui informado que uma patrulha da PM que fazia a ronda preventiva no local estava momentaneamente parada, pois os soldados tinham ido “almoçar”.

Fiquei ainda mais intrigado com uma nota do jornal O Estado do Maranhão, de propriedade da família Sarney, que afirmava na coluna “Estado Maior” que a “maioria dos balaios (participantes da caminhada em defesa do voto) é de jovens entre 20 e 35 anos, todos bens nutridos e com aparência urbana que não conseguiam esconder nem usando chapéu”.

As imagens que colhi numa fita mini-dv, que os ladrões também levaram, desmentiam a afirmação da página 3, da sexta-feira 27 de março de O Estado do Maranhão. Constatei que a maioria dos manifestantes, ao contrário do que afirmava o jornal da família Sarney, era integrada por representantes de movimentos sociais maranhenses, sobretudo do MST, verdadeiramente com aparência de gente não tão “bem nutrida”.

Como se sabe, ao decidir, por 4 a 3, pela cassação do mandato de Jackson Lago, o TSE ordenou que a concorrente segunda colocada, exatamente Roseana Sarney, assumisse no lugar do governador impedido. Os advogados de Lago ainda entraram com um recurso final para evitar a cassação, enquanto partidos políticos tentavam na Justiça que fosse revogada a decisão que ordenava a posse de Roseana. O recurso pedia que o governador substituto fosse escolhido ou pela Assembléia Legislativa ou pelo voto.

Não posso afirmar que os cinco ladrões que levaram a máquina de filmar e todos os meus documentos e anotações jornalísticas fizeram isso - porque sabiam o que iam encontrar - estariam cumprindo uma “missão”, ou o incidente foi apenas mera coincidência.

Prefiro que os leitores concluam. O certo é que regressei frustrado, sobretudo por não ter as imagens colhidas na caminhada que passava pelo município de Santa Rita. A lamentável ocorrência está registrada no 9º Distrito Policial de São Luís. Continuo com os cinco pontos na mão direita. É o Brasil com muitas cicatrizes.

http://www.diretodaredacao.com/site/noticias/index.php?not=4433


Maranhão, engenhosa mentira

Maranhão, engenhosa mentira
Não me espantará que num futuro próximo o Maranhão venha a ser chamado de "Uganda brasileira"

Zeca Baleiro
Última palavra (IstoÉ, nº 2035, 1ºabr/2009)

O Maranhão é um Estado do Meio Norte brasileiro, um preciosismo para nomear a região geograficamente multifacetada que é ponto de interseção entre o Nordeste e a Amazônia. Com área de 330 mil km2, pleno de riquezas naturais, tem fartas agricultura e pecuária, uma culinária rica e diversa e uma cultura popular exuberante. Não obstante tudo isso, pesquisa recente coloca o Estado como o segundo pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do País, atrás apenas de Alagoas.

Sou maranhense. Nasci em São Luís, capital do Estado, no ano de 1966, mesmo ano em que o emergente político José Sarney assumiu o governo estadual, sucedendo o reinado soberano do senador Vitorino Freire, tenente pernambucano que se tornou cacique político do Maranhão, a dominar a cena estadual por quase 40 anos. De 1966 até os dias de hoje, são outros 40 anos de domínio político no feudo do Maranhão, este urdido pelo senador eleito pelo Amapá José Sarney e seus correligionários, sucedâneos e súditos, que gerou um império cujo sólido (e sórdido) alicerce é o clientelismo político, sustentado pela cultura de funcionalismo público e currais eleitorais do interior, onde o analfabetismo é alarmante.

O senador José Sarney, recém-empossado presidente do Senado em um jogo de caras barganhas políticas, parecia ter saído da cena política regional para dar lugar a ares mais democráticos, depois de amargar a derrota da filha Roseana na última eleição ao governo do Estado para o pedetista Jackson Lago. Mas eis que volta, por meio de manobras politicamente engenhosas e juridicamente questionáveis, para não dizer suspeitas, orquestrando a cassação do governador eleito, sob a acusação de crime eleitoral, conduzindo a filha outra vez ao trono de seu império. Suprema ironia, uma vez que paira sobre seus triunfos políticos a eterna desconfiança de manipulações eleitoreiras (a propósito, entre os muitos significados da palavra maranhão no dicionário há este: "mentira engenhosa").

Em recente entrevista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disparou frase cruel: "Não vamos transformar o Brasil num grande Maranhão." A frase, de efeito, aludia a uma provável política de troca de favores praticada pelo Planalto atualmente - segundo acusação do ex-presidente -, baseada em jogo de interesses regionais tacanhos e tráfico de influências. Como alguém nascido no Maranhão, e que torce para que o Estado alcance um lugar digno na história do País (potencial para isso não lhe falta, afinal!), lamento o comentário de FHC, mas entendo a sua ironia, pois o Maranhão tornou-se, infelizmente, ao longo dos tempos, um emblema do que de pior existe na política brasileira. Não é de admirar que divida o ranking dos "piores" com Alagoas, outro Estado dominado por conhecidas dinastias familiares.

Em seus tempos de apogeu literário, São Luís, a capital do Maranhão, tornou-se conhecida como a "Atenas brasileira". Mais recentemente, pela reputação de cidade amante do reggae, ganhou a alcunha de "Jamaica brasileira". Não me espantará que num futuro próximo o Maranhão venha a ser chamado de "Uganda brasileira" ou "Haiti brasileiro". A semelhança com o quadro de absoluta miséria social a que dois célebres ditadores levaram estes países - além do apaixonado apego ao poder, claro - talvez justificasse os epítetos.

Zeca Baleiro é cantor é compositor

O PODER DO POVO MARANHENSE

O PODER DO POVO MARANHENSE

(Joãozinho Ribeiro)

De uso recorrente pelos jornalistas que cobrem os grandes conflitos bélicos, nos campos de batalha é o jargão: “Em todas as guerras, a primeira coisa a ser assassinada é a verdade”.

No Maranhão, o clã Sarney entendeu que existia uma guerra, a partir da eleição de Jackson Lago para o Governo do Estado, e através do seu poderoso império de comunicação, sistematicamente, passou a assassinar diariamente a verdade, utilizando para tal intento os meios mais sórdidos e, às vezes, até criminosos para caluniar pessoas e deturpar fatos. O exemplo mais contundente são os covardes ataques à Secretária de Segurança Cidadã, Eurídice Vidigal.

Nesta 3ª feira, 31 de março, duas datas se postam na história de maneira antagônicas e merecem, portanto, destaque nesta coluna:

1)O golpe militar, que em 1964 mergulhou o país numa sanguinária ditadura, completa 45 anos de triste e tenebrosa memória;

2)O Governo Jackson Lago, eleito pela vontade soberana do povo maranhense, completa exatos 2 anos e três meses de existência.

Democracia e ditadura voltam a se digladiar nos marcos do regime democrático, que constitui cláusula pétrea da Constituição da República Federativa do Brasil.

Nesta 3ª feira, o Maranhão dará um exemplo para todo o país, através da manifestação legítima dos movimentos sociais organizados, de defesa da DEMOCRACIA (com maiúsculas) e de repúdio ao processo de cassação do Governador Jackson Lago, eleito pela vontade soberana do seu povo.

Costumo dizer que cidadania não se empresta, nem se passa procuração. Ou se exerce ou se esquece, através da omissão ou da negação da própria História. Não me canso, nesse caso, de repetir os versos do poeta cubano Pablo Milanês, assim convertidos ao português pelo genial compositor, Chico Buarque:

“A história é um carro alegre

Cheio de um povo contente

Que atropela indiferente

A todo aquele que a negue”

Em 2 anos e 3 meses da gestão Jackson Lago, são sensíveis e visíveis as melhorias na qualidade de vida da população do Estado e na descentralização das ações de governo, alcançadas por meio de uma nova pactuação com os municípios e com a parceria de vários programas e projetos com o Governo Federal.

Não falarei na pasta da Cultura até porque os grandes marcos da atual gestão já estão reconhecidos nacionalmente, e hoje servem de referência para várias administrações culturais do país, além de aprovados pela ampla maioria dos gestores e agentes municipais de cultura de todo o Estado.

Mas, vamos a um breve elenco das conquistas destes 2 anos e 3 meses da gestão Jackson Lago:

A inauguração da Ponte da Liberdade, ligando o Maranhão ao Estado do Tocantins; cerca de três mil quilômetros de estradas asfaltadas; mais de uma centena de escolas construídas e equipadas decentemente para o ensino das nossas crianças e jovens, garantindo uma educação básica e superior de qualidade, consolidando a universalização do ensino fundamental, a ampliação da oferta do ensino médio e do acesso ao ensino superior, qualificando o corpo docente, melhorando e expandindo a rede física e reduzindo o analfabetismo; inauguração, nesta 2ª feira, de um grande hospital regional (mais de 100 leitos), no município de Presidente Dutra, consolidando o compromisso de construir e fazer funcionar hospitais de urgência e emergência em regiões estratégicas do Estado; recordes nacionais nos indicadores da geração de renda e trabalho; o PAC do Rio Anil, assegurando moradia digna para mais de 3.500 famílias e a melhoria de 10 mil habitações, em São Luís; vários empreendimentos de grande porte a serem instalados nos próximos anos (refinaria da Petrobrás em Bacabeiras, estaleiros, ampliação da capacidade portuária, Grupo Suzzano etc.); vultosos investimentos no Plano de Segurança Cidadã, garantindo a segurança pública com cidadania, através do aumento do efetivo policial, da valorização profissional, da reestruturação do sistema penitenciário e do envolvimento da comunidade; a implantação do Programa de Combate ao Trabalho Escravo e Infantil, em todas as regiões. Enfim, a reconstrução do Planejamento, devolvendo ao Estado a capacidade de elaborar estratégias de desenvolvimento para o curto, médio e longo prazo, consolidadas na Agenda 2010.

No plano da participação popular, um verdadeiro banho de democracia, através da implantação e reconstrução de vários conselhos (Mulher, Juventude, Direitos Humanos, Cultura, Igualdade Racial etc.), além dos Mutirões da Cidadania, Fóruns Regionais e outros instrumentos participativos criados pela própria sociedade civil organizada.

No âmbito da Administração Estadual, servem de referência o Conselho de Gestão Estratégica (formado pelos Secretários de Estado e Dirigentes de Órgãos e Empresas Públicas), e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que inclui a iniciativa privada, entidades e instituições não governamentais.

Esta é uma pequena radiografia deste Governo que hoje é alvo de um processo espúrio de cassação engendrado por uma ação proposta pela coligação da candidata derrotada – Roseana Sarney.

Derrubar um Governo legítimo, em pleno regime democrático é apelar para os mesmos métodos utilizados pelos regimes de exceção, assim justificados por um dos mais proeminentes representantes desta estirpe (Adolph Hitler), quando questionado sobre o os limites do direito da Alemanha de invadir outros países, no início da Segunda Guerra Mundial: “O direito do povo alemão vai até onde chegar o poder do povo alemão”.

Até onde eu sei, não estamos em guerra no Maranhão; até onde me consta, a vontade soberana do povo maranhense não pode ser ultrajada no tapetão; até onde bate a razão, o direito do clã Sarney não pode extrapolar nem tripudiar os limites da soberania do povo maranhense.

Por isso é necessário, nesta 3ª feira, que todos os cidadão e cidadãs, defensores da DEMOCRACIA, inclusive os críticos do nosso governo, independentemente de opção política, partidária e ideológica, de culto ou credo religioso, estudantes, professores, artistas, intelectuais devem dar um exemplo para todas as gerações que a DEMOCRACIA é um valor e um símbolo que não comporta mediações ou alternativas, e que cidadania foi feita para ser exercida.

A Praça Deodoro mais uma vez será o grande palco da manifestação popular em defesa da valorização do nosso voto e da DEMOCRACIA no Maranhão. Nesta 3ª feira, 31 de março de 2009, a praça será toda do povo maranhense.

Cidadania se exerce, não se passa procuração.

MENSAGEM DE SOLIDARIEDADE DO POVO DE BALSAS AO GOVERNADOR JACKSON LAGO

MENSAGEM DE SOLIDARIEDADE AO GOVERNADOR JACKSON LAGO

O histórico engajamento do Dr. Jackson Lago nas lutas democráticas e seu apoio aos movimentos sociais é reconhecido por todos nós. Sempre esteve defendendo uma sociedade mais justa, em benefício do povo maranhense.
Nos últimos 40 anos um único grupo político governou o estado do Maranhão – a família SARNEY – tornando-o um estado campeão... campeão brasileiro de miséria, pobreza, desnutrição, desigualdade social; um dos piores sistemas de saúde e educação de nossa Nação.

Parece que esta família acha que o Maranhão é propriedade deles, pois além de ser dona da maioria dos canais de TV e emissoras de rádios, ainda faz questão de colocar seu nome (mesmo sendo proibido por lei) em tudo: Avenida Sarney, Biblioteca Sarney, Tribunal de Contas Roseana Sarney, Ponte Sarney, Fórum Sarney, Escola Sarney, etc.
Jackson Lago assume o sentimento de resistência de milhões de maranhenses que não concordam com a prática de abuso de poder político, econômico e midiático deste grupo que mandava no Maranhão.

Lutando por esse ideal, de um Maranhão de Todos, do Povo e para o Povo é que a população maranhense decidiu mudar. Elegeu em 2006 Jackson Lago, para ser seu Governador, um candidato pertencente ao Movimento de Libertação do Maranhão.
O governo Jackson Lago está implantando uma maneira diferente de governar, com a participação popular e a cultura municipalista fazendo convênio com todos os municípios. Em apenas dois anos inaugurou 126 escolas de ensino médio, construindo novas e reformando outras (Roseana construiu 3 em sua gestão), pavimentou mais de 1.200 km de estradas, iniciando assim a solução do histórico quadro de abandono das rodovias maranhenses.

E agora o acusam e conseguem condená-lo por abuso de poder.

Quem realmente está abusando do poder? Quem sempre abusou do poder?

Nosso governador Jackson é um homem simples, honesto e honrado. Mesmo tendo sido Secretário de Saúde de São Luis e do Estado, Prefeito de São Luis três vezes, não acumulou riquezas e não tem qualquer patrimônio de origem duvidosa.

Especialistas de todo o país informam aos principais jornais, revistas e meios de comunicação que a cassação de Jackson trata-se de uma armação política do grupo Sarney, um grupo que para nossa sorte não conta mais com o apoio do povo.

O governador Jackson está sendo cassado num processo confuso. Apenas 4 dos 7 ministros do TSE votaram pela cassação do diploma de governador de Jackson Lago por abuso do poder político. Isso porque Jackson participou em abril de 2006, de um evento no aniversário de Codó, junto com o prefeito, que é do seu partido PDT, Edison Vidigal e o ex-governador José Reinaldo, que no palanque assinou simbolicamente um convênio com o município.

O outro fato é uma reunião fechada no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pinheiro com 40 a 50 pessoas. Esses atos aconteceram bem antes do registro de candidatura, bem antes das convenções. Mesmo que houvesse abuso de poder nestes casos não mudaria o resultado da eleição. A diferença de votos que Jackson teve sobre Roseana é maior que a soma dos seu eleitores em Codó e Pinheiro. A esperança da mudança e sentimento de justiça permanece no coração do Maranhão. O povo de Balsas acredita que não há mal que dure para sempre.

Estamos felizes com a visita do governador Jackson nesta data, aniversário de Balsas, demonstrando a postura de um verdadeiro líder, que não se abate, que continua resistindo e na luta, e que realmente governa para o interesse do povo maranhense.

O povo de Balsas se solidariza com o Governador Jackson Lago. Reconhece os sacrifícios que lhe têm sido impostos por liderar ao longo destes anos a luta por um Maranhão livre, democrático com justiça social.

O povo de Balsas repudia o arbítrio na decisão da Justiça pela cassação de seu mandato de Governador do Estado do Maranhão, promovendo assim uma Ação de Reintegração de Posse do Estado à oligarquia que durante 4 décadas considerava-se sua dona. E pior, legitimando esta reintegração de posse anulando os nossos votos e de mais um milhão e trezentos mil eleitores que no exercício dos direitos da democracia, sem cometer nenhuma ilegalidade, votaram na mudança representada por Jackson Lago.

Dr. Jackson, nossa gratidão por tudo o que já foi feito. Conte com o povo do sertão nesta caminhada.

A LUTA CONTINUA.

Diretório Municipal do PDT
Diretório Municipal do PSB
Diretório Municipal do PSDB
Diretório Municipal do PRB
Diretório Municipal do PPS
Diretório Municipal do PC do B
Convenção dos Ministérios das Igrejas Assembléia de Deus do Sul do Maranhão - COMADESMA
Associação Comercial e Industrial de Balsas - ACIB
Núcleo Cerrado Vivo
Sindicato dos Contadores do Sul do Maranhão
Central Única das Favelas – CUFA/Balsas
União Municipal dos Estudantes Secundaristas

MOÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA EM REPÚDIO A CASSAÇÃO

MOÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA DO MARANHÃO EM REPÚDIO À CASSAÇÃO DO MANDATO DO GOVERNADOR JACKSON LAGO, ELEITO DEMOCRATICAMENTE PELO VOTO POPULAR


A eleição de Jackson Lago (PDT) em 29 de outubro de 2006 para governar o Maranhão entre 2007 e 2010 representou, para a população maranhense, cuja maioria o elegeu, uma ruptura com a estrutura oligárquica vigente, com uma família – Sarney – dominando há quarenta anos a unidade federativa mais pobre do país.

A cassação do mandato do governador, eleito pela vontade soberana e inalienável do povo, foi, como visto, cheia de contradições. São inegáveis os avanços que o Maranhão vivencia em seus pouco mais de dois anos de administração, sobretudo no campo cultural, onde o Estado deixou de administrar apenas os interesses da capital, enxergando também as necessidades para além do Estreito dos Mosquitos. A própria implementação do Conselho Estadual de Cultura, que teve seus membros empossados por Jackson Lago em maio do ano passado, no encerramento do II Fórum Estadual de Economia da Cultura, cai bem como tradução plena desses avanços, sentidos também nas grandes festividades populares – sobretudo o Carnaval e o São João – e em diversos seminários e fóruns, discutindo a implantação e efetivação de políticas públicas de cultura, algo até então impensado em nosso maltratado Estado.

Diante de tais configurações, o Conselho Estadual de Cultura, reunido em 27 de março de 2009, aprova esta moção em defesa do mandato do governador Jackson Lago, da soberania do povo maranhense e de seus votos e, consequentemente, da democracia.

Conselho Estadual de Cultura do Maranhão

quarta-feira, 25 de março de 2009

Movimento Balaiada realiza marcha pela democracia

Durante a caminhada, que teve início às 10h30, os balaios saíram da sede de Itapecuru em direção a Santa Rita.

No local onde Negro Cosme morreu, no século XIX durante a Balaiada, em Itapecuru, começou ontem a Marcha do Povo Maranhense pela Democracia, movimento que terá caminhadas e atos públicos para protestar contra a cassação do governador Jackson Lago. Hoje a Marcha sai de Santa Rita e acampa em Bacabeira e deve chegar a São Luís entre sexta-feira e sábado.

A Marcha do Povo Maranhense pela Democracia tem a participação de militantes partidários, membros de pastorais da igreja católica, do movimento Via Campesina, do MST, além de membros da Congregação das Irmãs Notre Dame, ligados à irmã Dorathy Stang, assassinada devido a conflitos com fazendeiros.

Durante a caminhada, que teve início às 10h30, os balaios saíram da sede de Itapecuru em direção a Santa Rita. Várias lideranças dos movimentos sociais discursaram e listaram motivos pelos quais a população do Maranhão não deve aceitar a volta da senadora Roseana Sarney.

“Só quem não conhece as leis de terra do final da década de 60 é que não compreende porque todos os setores rurais não querem a volta de Roseana (Sarney)”, afirmou Elias Araújo, da coordenação do Movimento dos Sem Terra.

Hoje a Marcha deve deixar Santa Rita em direção a Bacabeira, onde novos atos serão feitos. De acordo com a programação, os “balaios” seguirão por Perizes parando logo depois em Estreito dos Mosquitos, onde haverá um grande ato para depois seguir para a capital. Já em São Luís, dia 31 de março, a Marcha promove um ato em defesa da democracia na Praça Deodoro.

A partir de hoje a Macha do Povo Maranhense pela Democracia recebe o apoio do ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, que é ligado ao MST. Dutra chega hoje ao Maranhão e vem acompanhando o movimento já estrada. Até chegar em São Luís, a Macha do Povo Maranhense pela Democracia deve percorrer mais de 120 km a pé.

Fonte: Carla Lima

UNE aprova apoio a Jackson Lago

UNE aprova apoio a Jackson Lago

Por unanimidade, UNE aprova moção de apoio ao povo do Maranhão e em defesa do governador Jackson Lago O Conselho Nacional de Entidades Gerais da União Nacional dos Estudantes da UNE, aprovou neste domingo (22/3), moção de apoio ao povo do Maranhão e em defesa do governador Jackson Lago, frente aos ataques do feudo Sarney, que busca na justiça a sua cassação por abuso do poder econômico no 2º turno da eleição contra Roseana Sarney em 2006.

A moção foi apresentada pelo MOVIMENTO REINVENTAR e aprovada por unanimidade dos mais de 700 participantes do Conselho realizado na UNIP Vergueiro em São Paulo. O Conselho também aprovou o regimento do 51º Congresso Nacional da UNE – CONUNE, que se realizará de 15 à 19 de julho, na cidade de Brasília – DF, durante os dois dias de debates também foram discutidos temas como a crise mundial, Conferência Nacional de Educação, que se realizará entre os dias 23 e 27 de abril de 2010 em Brasília.

Fonte: JS-PDT.

quinta-feira, 19 de março de 2009

ATO PÚBLICO DE 31 DE MARÇO DE 2009 - PELO MARANHÃO EM DEFESA DA DEMOCRACIA

DIA 31 DE MARÇO, VAMOS TODOS A PRAÇA DEODORO, GRANDE ATO-SHOW PELO MARANHÃO EM DEFESA DA DEMOCRACIA.

GOLPE NUNCA MAIS!!!!


DITADURA, PMDB E SARNEY!!!!!

Segunda-feira, 2 de Março de 2009
Por que a Folha não publica cartas de Ivan seixas? Veja o que ele conta sobre a 'ditadura'

Esse foi o regime político que o senador Sarney apoiou e participou. Ele era o presidente do partido da ditadura- Arena e depois PDS.

Ivan Seixas tinha 16 anos quando foi preso pela ditadura, ao lado do pai, Joaquim Alencar de Seixas. No dia 16 de abril de 1971, os dois foram levados para o DOI-CODI/OBAN, em São Paulo, e barbaramente torturados.

Ivan ficou indignado quando leu o editorial da “Folha de S. Paulo”, definindo a ditadura brasileira como “ditabranda”. Falei há pouco com ele por telefone, através de Hermílio Santos, ex-diretor de Relações Internacionais da UNE, em 90, na mesma gestão que eu era vice-presidente norte e atualmente professor da UFMG: “É muita arrogância dos Frias, ainda mais com os pés de barro que eles têm. Os Frias não têm direito de pontificar sobre a ditadura, até porque colaboraram com a ditadura”.

Ivan foi torturado pelo regime que tinha (e tem) apoio do jornal de OtavinhoIvan Seixas mandou duas cartas para a Redação da “Folha”, protestando. Nenhuma das duas foi publicada. Escreveu, também, para o Ombudsman. Nada.

Nesta última, fez referência ao passado nebuloso do grupo “Folha”, jornal que “empregava carros para nos capturar e entregar para sessões de interrogatórios, como sofremos eu e meu pai. Ninguém me contou, eu vi carro da “Folha” na porta da OBAN/DOI-CODI.”

Ivan sabe do que está falando quando diz que a “Folha” tem pés de barro nesse tema.Na madrugada do dia 17 de abril de 1971, poucas horas após a prisão dele e do pai, policiais a serviço da “ditabranda” tiraram Ivan da prisão para um “passeio” por São Paulo. Tomaram o caminho do Parque do Estado, uma área de mata fechada, próxima ao Jardim Zoológico. Lá, o jovem (algemado e desarmado) foi ameaçado várias vezes de fuzilamento. Os policiais - polidos como só acontecia na “ditabranda” brasileira - dispararam várias vezes bem ao lado da cabeça de Ivan.


Ele fechava os olhos e tinha certeza que morreria: tortura terrível. Mas, deixaram-no vivo, pra contar a história.

No caminho para o Parque do Estado, os funcionários da “ditabranda” pararam numa padaria, na antiga Estrada do Cursino. Desceram pra tomar café, deixando Ivan no “chiqueirinho” da viatura. Foi de lá que Ivan conseguiu observar a manchete da “Folha da Tarde” (jornal do grupo Frias), estampada na banca bem ao lado da padaria: o jornal anunciava a morte do pai dele, Joaquim.

Prestem bem atenção: a “Folha da Tarde” do dia 17 trazia manchete com a morte de Joaquim – que teria ocorrido dia 16. Só que, ao voltar de seu “passeio” com os policiais, Ivan encontrou o pai vivo e consciente, nas dependências do DOI-CODI. Joaquim só morreria – sob tortura – no próprio dia 17

Joaquim Seixas, morto e torturado: vejam como era branda a ditadura apoiada pelos FriasOu seja, o jornal da família Frias já sabia que Joaquim estava marcado pra morrer, e “adiantou” a notícia em um dia. Detalhe banal.

A historiadora Beatriz Kushnir publicou um livro em que conta essa e outras histórias mostrando os vínculos estreitos da família Frias com a ditadura.

http://www.viomundo.com.br/opiniao/unidade-caes-de-guarda-fala-da-midia-e-de-jornalistas-que-colaboraram-com-a-ditadura-militar/

Postado por Eri Santos Castro às 17:15 0 comentários Links para esta postagem

Marcadores: direitos humanos, ditadura militar, política
O ato contra a 'ditabranda'


Movimento dos Sem-Mídia marca protesto à frente da 'Folha'

“A organização não-governamental Movimento dos Sem-Mídia (MSM), fundada em 2007 e presidida por Eduardo Guimarães, vai organizar um ato contra a Folha de S.Paulo em 7 de março, sábado, às 10 horas. A manifestação vai ocorrer em frente à sede do jornal, na rua Barão de Limeira, em protesto contra o uso do termo “ditabranda” pela Folha.
Em editorial publicado no último dia 17, o jornal da família Frias desqualificou a Revolução Bolivariana de Hugo Chávez, em favor do regime militar no Brasil. Segundo o texto, “as chamadas ‘ditabrandas’ — caso do Brasil entre 1964 e 1985 — partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”.
A vergonhosa defesa da ditadura provocou uma enxurrada de cartas e e-mails de protesto ao jornal — que não só reiterou sua posição como também qualificou como também classificou como “cínica e mentirosa” a indignação dos professores Fábio Konder Comparato e Maria Benevides."

Sempre que houver absurdos como esse pelos meios de comunicação, a resposta tem que ser a altura do descalabro. Não nos calamos no passado, e não será agora que nos calaremos

O jornalista Melo comenta que a relação que os Frias tiveram com a ditadura é desde o seu nascedouro. Veja:
http://www.blogdomelo.blogspot.com/

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Marcadores: Comunicação, política
O efeito Jarbas será desastroso esta semana

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) iniciou hoje um movimento no Congresso Nacional para dar mais transparência à indicação dos diretores das estatais. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) está também participando desse movimento, logo ele que já causou muitos estragos no PMDB ao dizer que o partido "é corrupto". Ele fará um pronunciamento no Senado ainda nesta semana.

Foram as denúncias do senador Jarbas que fizeram com que o presidente Lula não aderisse ao pensamento do ministro Lobão, de mudar o controle do Fundo Real Grandeza, de Furnas, para às mãos do PMDB famigerado. O patrimônio desse fundo é de R$ 6,3 bilhões. Toda essa operação estava sendo conduzida pelo ministro de Minas e energia, Edison Lobão, ligado ao PMDB de Renan Calheiros (AL) e ao senador Sarney (AP).


A ideia de Jarbas é tornar esses cargos exclusivos de funcionários de carreira, o que, na sua avaliação, ajudará a moralizar o setor público e profissionalizar o Executivo, além de excluir a partidarização da máquina administrativa.
Com sítio Vermelho

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Marcadores: política
E Lobão ainda é ministro?

Deu no Estadão

Fossem outros os tempos e os homens, o senador Edison Lobão (PMDB) teria se demitido do cargo de ministro de Minas e Energia no instante mesmo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desautorizou expressamente manobra - que, segundo informou o presidente de Furnas, Carlos Nadalutti, era orientada pelo ministro - para destituir o presidente e o diretor-financeiro da Fundação Real Grandeza, o fundo de pensão dos funcionários de Furnas e da Eletronuclear.
(...)

Ao tomar conhecimento de que os funcionários das estatais organizavam protesto contra a destituição dos dois diretores do Real Grandeza e tinham o apoio de seus sindicatos, o presidente Lula convocou o ministro a seu gabinete e cobrou explicações, que obviamente não considerou satisfatórias e convincentes - tanto assim que mandou avisar aos funcionários e líderes sindicais que a programada reunião do conselho deliberativo da fundação não seria realizada. De fato, houve a reunião, mas os conselheiros se recusaram a deliberar sobre a destituição dos dois diretores.Antes de ir ao Palácio do Planalto, o ministro Lobão, em entrevista ao jornal O Globo, afirmou que os diretores do fundo haviam alterado os estatutos para ampliar seus mandatos por um ano e concluiu com acusações para lá de pesadas: "Isso é uma bandidagem completa! (...)

Melhor seria auditar o comportamento da ala do PMDB que quer controlar os R$ 6,3 bilhões do fundo. Mas sobre essa gente o senador Jarbas Vasconcelos já deu seu veredicto, na já famosa entrevista à Veja.

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Marcadores: política
47 entidades ligadas à luta da Reforma Agrária repudiam ministro

As 47 entidades da sociedade civil ligadas à luta pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, entre elas a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), divulgaram, neste final de semana, manifesto de repúdio ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, diante das suas declarações criminalizando os movimentos sociais, em especial o MST, assim beneficiando os latifundiários.

A concentração da terra nas mãos de poucos é um bonde em alta velocidade e sem controle na história brasileira. O ministro Gilmar Mendes errou, na medida que se posicionou a favor de uma classe, a dos grandes proprietários. Cabe prudência e impacialidade ao poder Judiciário.

Até o planalto repudia ministro

Assessores do Planalto consideraram inadequada a atitude do ministro. Qualificaram como descabido o fato de Mendes cobrar atos do Ministério Público, além de opinar fora dos autos.

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Marcadores: Agricultura, direitos humanos, Judiciário, política
Mais uma mansão, desta vez gente do Senado

Agaciel Maia, novo ordenador de despesas do Senado, portanto homem de confiança do senador José Sarney, registrou um imóvel no nome do irmão deputado, que nunca declarou o bem.

Agaciel diz que não pôs casa no nome dele porque estava com os bens indisponíveis devido ao escândalo da gráfica do Senado, em 1994. O diretor-geral e “homem do cofre” do Senado, Agaciel Maia, usou o irmão e deputado João Maia (PR-RN) para ocultar a propriedade de uma casa de R$ 5 milhões. O deputado também não declarou o imóvel à Receita nem à Justiça Eleitoral. Agaciel confirma a compra em nome do irmão, mas diz que sempre informou ao fisco a existência da casa.
Fonte: G1.

Foto: Lula Marques/Folha Imagem

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Marcadores: política
O neto do 'Homem da Capa Preta' no Senado

Apesar dos problemas com a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal, ex-prefeito e neto de Tenório Cavalcanti, o Homem da Capa Preta, conseguiu uma função comissionada no Sanado, graças a sua amizade com o presidente da casa e com o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Quem foi o 'Homem da Capa Preta e sua Loudinha'?



Natalício Tenório Cavalcanti de Albuquerque, que se popularizou como Tenório Cavalcanti, nasceu em Quebrangulo, em Palmeira dos Índios, Alagoas, em 1906. Vinte anos depois, migrou para a Baixada Fluminense em busca de emprego. Após alguns bicos, tornou-se administrador de uma fazenda em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, e depois fiscal da Prefeitura de Nova Iguaçu. Adquiriu a fama de pistoleiro, chamado de O homem da Capa Preta, sob a qual sempre carregava a metralhadora batizada de Lurdinha. Envolveu-se com as tramas políticas da região, onde enriqueceu e se tornou poderoso e polêmico, após criar um eficiente sistema clientelista. As aspirações e os planos políticos de Cavalcanti chocavam-se com o das elites de Duque de Caxias.



Isso lhe rendeu diversos desafetos, muitos dos quais culminaram em atentados à vida dele e de familiares. A carreira política começou em 1936, quando se elegeu para a Câmara de Nova Iguaçu. Em 1950, chegou à Câmara dos Deputados novamente pela UDN, com a quarta maior votação estadual. Foi aí que ele incorporou definitivamente a imagem de líder carismático dos migrantes nordestinos, sempre empunhando sua metralhadora e envergando uma enigmática capa preta. Tenório morreu de pneumonia aos 82 anos, em 5 de maio de 1987. Inspirou o filme O Homem da Capa Preta, clássico do cinema brasileiro da década de 1980, dirigido em 1986 por Sérgio Rezende e protagonizado por José Wilker.

Com arquivo do Globo.

"Você vê as coisas como elas são e pergunta: por quê? Mas eu sonho com as

coisas que nunca foram e pergunto: por quê não?"-Bernard Shaw

O BRASIL PRECISA SABER O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO MARANHÃO

O BRASIL PRECISA SABER

Que nós maranhenses vivemos um momento de dúvidas quanto ao futuro do nosso Estado. Que estamos aflitos e angustiados ante a possibilidade de cassação do nosso Governador Jackson Lago, cujo mandato foi legitimamente conquistado através do voto popular. Se tal pretensão se concretizar, ferirá de morte o ideal democrático expresso na Constituição Cidadã Brasileira, bem como, o espírito cívico e o sentimento de cidadania e soberania manifestado nas urnas em outubro de 2006.

O Brasil precisa saber que nosso Governador Jackson Lago, chegou ao cargo em função do seu histórico engajamento nas lutas democráticas pela instalação da República Brasileira de nossos dias, ao lado de lideranças como: Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Leonel Brizola, Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Miguel Arraes, Maria Aragão e outros que ainda entre nós, continuam pelejando em favor de uma sociedade de justiça e paz social.

O Brasil precisa saber que nosso Governador Jackson Lago, médico e professor aposentado, exerceu com responsabilidade suas profissões sendo para nós maranhenses, um exemplo de dignidade e ética, um homem que ao longo de mais de quarenta anos, sempre esteve lutando no campo da oposição, combatendo as práticas excludentes, antidemocráticas e os desmandos administrativos instalados no Estado por quatro décadas.

O Brasil precisa saber, que nosso Governador Jackson Lago, mesmo tendo sido Secretário de saúde do Estado e da Capital, prefeito por três vezes na capital (São Luís), não acumulou riquezas, não tendo qualquer patrimônio que revele origem duvidosa. Nosso Governador é um homem simples, honesto e honrado, cuja sessão de tortura a que está sendo submetido, violenta também a cada homem e a cada mulher honrada deste pedaço de Brasil e com certeza, de muitos brasileiros/as decentes que ainda sobrevivem neste mar de práticas imorais que se instalou no Maranhão e no Brasil.

O Brasil precisa saber que nosso Governador Jackson Lago, encarna o sentimento de resistência de milhões de maranhenses que não concordam com a prática de abuso do poder político, econômico e midiático do grupo que mandava no Estado há mais quarenta anos e que foi derrotado nas urnas em 2006. JACKSON LAGO representa para nós a esperança de um Estado justo, igual e dignificante para nossa gente.

O Brasil precisa saber que nosso Governador Jackson Lago, inaugurou em apenas dois anos de mandato, 126 Escolas de Ensino Médio construindo novas e reformando outras, compromisso jamais visto em nossa História. Pavimentou mais de 1200 quilômetros de estradas no Estado, iniciando assim a solução de um histórico quadro de abandono das rodovias maranhenses e isolamento de muitas cidades. Descentralizou a gestão estadual, apoiando técnica e financeiramente os municípios, numa atitude de respeito à autonomia municipal, demonstrando assim, sua vocação municipalista.

O Brasil precisa saber que nosso Governador Jackson Lago, dentro deste espírito de valorização municipal, descentralizou a cultura, estimulando a formação de consórcios municipais para incentivar a produção cultural em todos os 217 municípios do Estado.

O Brasil precisa saber que nosso Governador Jackson Lago, criou a Secretaria de Agricultura (extinta pelo grupo derrotado, num Estado vocacionado para a agricultura), criou a Secretaria da Juventude, a Secretaria da Igualdade Racial, a Secretaria da Mulher e a Secretaria dos Direitos Humanos, o que tem possibilitado avanços consideráveis no processo de inclusão dos segmentos historicamente marginalizados e explorados, como é o caso das populações tradicionais (quilombolas, indígenas e ribeirinhos), por exemplo.

O Brasil precisa saber que nosso Governador Jackson Lago, na política de Assistência social, implantou também o modelo de gestão descentralizada, respeitando os princípios pautados pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e absolvidos no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), bem como as deliberações das conferências e das instâncias colegiadas de formulação e controle social das políticas públicas. Avanços consideráveis vem se dando nesta área com a efetiva implantação de um sistema de proteção e promoção social no Estado, a partir de uma gestão que se volta para além da cobertura do atendimento preventivo, emergencial e especializado, buscando a sustentabilidade dos processos de autonomia das famílias e indivíduos .

A Participação Social é marca comum nos diferentes espaços de manifestação e defesa dos interesses sociais e políticos no Maranhão, o que dá um diferencial na gestão popular e democrática do Governador Jackson Lago. Exemplos desta prática são os Fóruns Regionalizados, onde o Governador e toda sua equipe se deslocam para uma das 32 regiões do Estado e lá, durante dois dias, definem junto com as lideranças populares e políticas, as ações a serem executadas. Outro espaço de democratização da gestão é o Mutirão da Cidadania, quando o governo se instala, por uma semana, em uma região, levando os serviços essenciais para aquela população. Isto é gestão democrática e participativa.

O Brasil precisa saber, que se o nosso Governador Jackson Lago, for cassado, será um retrocesso na Democracia Brasileira, iniciada a partir da Constituição Federal de 1988, e um desrespeito à vontade dos maranhenses. Nós não merecemos e não aceitaremos isto! O Brasil precisa dizer não a esta tentativa de humilhação às instituições democráticas, onde a vontade de um homem, de uma família quer se sobrepor à decisão soberana de um povo. Nós maranhenses ainda confiamos na JUSTIÇA BRASILEIRA e acreditamos que o espírito da Campanha da Fraternidade haverá de inspirar nossos Ministros a concluírem que “A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA”.

ATENCIOSAMENTE,

O povo ávido por justiça no Maranhão, a Agência de Notícias da Infância-MATRACA, o Centro de Cultura Negra do Maranhão - CCN, o Centro de Formação para a Cidadania-AKONI, o Projeto PROTEGERE e o Núcleo Cerrado Vivo – BALSAS- MA.


São Luís, Maranhão Brasil, março de 2009

Carta das Mulheres ao Maranhão

CARTA DAS MULHERES AO MARANHÃO

Não é de hoje, nem é apenas nessa atual conjuntura que nós estamos lutando para libertar o Maranhão. Esta luta vem se dando através das várias organizações de mulheres, nos bairros, nas organizações das categorias profissionais e sociais, nos sindicatos e nos partidos políticos.

Mulheres de todas as raças, credos e classes sociais, inconformadas e insatisfeitas com a situação de domínio a que foi submetido ao longo dos quarentas anos (40 anos) o Estado do Maranhão, permitindo que se cristalizasse a situação de um estado rico com um povo pobre, usurpado do direito ao desenvolvimento de suas potencialidades naturais e de seus talentos humanos vem dizer não a violência contra a Democracia.

Após anos de lutas políticas e batalhas eleitorais, rigorosamente respeitando a democracia, o Maranhão conquistou um Governo Democrático e Popular, resultado do conjunto de forças políticas que não aceitam o atraso, e a pobreza absoluta da grande maioria da população.

O desejo, o sonho e o compromisso de mulheres aguerridas, nas diversas frentes dos movimentos de mulheres, movimentos sociais e partidos políticos, somaram efetivamente para que Jackson Lago fosse eleito governador do Estado Maranhão.
Jackson Lago tem apenas dois anos no governo, com grandes realizações, nas áreas de Infra-Estrutura, Educação, Saúde e Desenvolvimento Econômico e Social. Criou as secretarias da Mulher, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Juventude.

Especificamente com relação à mulher aderiu ao Plano Nacional de Políticas para as Mulheres; assinando o termo de compromisso para sua execução; criou o Grupo de trabalho Interinstitucional para elaboração do I Plano Estadual de Políticas para as Mulheres, o qual envolve ações de 16 órgãos e instalação do Comitê de Gestão e Monitoramento do referido Plano; Reestruturou o Conselho Estadual das Mulheres, incluindo a representação das mulheres negras, indígenas, quilombolas, trabalhadoras rurais, urbanas e pescadoras; articulou para a ampliação dos Conselho Municipais de Direitos da Mulher e Organismos Executivos Municipais de Políticas para as Mulheres em vários municípios; assinou o Acordo Federativo para implementação do Pacto Nacional pelo fim da Violência contra as Mulheres no Maranhão, com participação das prefeituras.

Se compararmos as atitudes políticas administrativas do governo Jackson Lago com os governos de Sarney, vamos verificar profundas diferenças com relação aplicação do dinheiro público, afirmação dos direitos da população e, sobretudo, das mulheres.
Justamente porque Jackson Lago é um governador de compromissos e de mudanças e o Estado hoje pertence a quem de direito, ao povo do Maranhão, a Oligarquia Sarney inconformada por ter perdido o esteio dos seus interesses privados e da dominação de um povo, sabendo também, que pela via eleitoral não voltará a mandar no Maranhão, usa todas suas forças e influências para ferir a Democracia.

Foi decepcionante a decisão do Tribunal Superior Eleitoral – TSE pela cassação do governador Jackson Lago.

Nós, mulheres, conscientes de que votamos num governo para afirmar o Estado de Direito, LIVRE, DEMOCRATICO E SOLIDÁRIO, decidimos que temos de resistir aos nossos inimigos, defendendo o nosso voto soberano que expressa a nossa vontade política de mulheres do campo e da cidade.

Não aceitamos a cassação do nosso voto por entendermos, que este governo é legitimo e representa a vontade da maioria da população do Maranhão.

Apelamos à justiça pelo respeito à soberania do nosso voto.

RESISTIR PELA DEMOCRACIA, MULHERES PRESENTE!

GOLPISMO COM A AJUDA DA LEI

Golpismo com a ajuda da lei

Luis Nassif online


O ex-presidente José Sarney mudou seu domicílio eleitoral e se candidatou senador pelo Amapá. Tempos depois, o governador João Alberto Capiberibe foi cassado por abuso de poder nas eleições. A acusação: teria comprado dois eleitores por R$ 26,00.

Agora é a vez do governador de Maranhão, Jackson Lago, ser vítima de um enredo semelhante. Lago foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por 4 votos a 3. Três dos votos eram de Ministros do Supremo Tribunal Federal - o relator Eros Grau, o presidente Carlos Ayres Britto e o Ministro Ricardo Lewandovski. O quarto, de um Ministro do Superior Tribunal de Justiça. Contra, votaram outro Ministro do STJ e os dois representantes da OAB.
***

A acusação é de abuso de poder. São três fatos incriminadores.

O primeiro, um evento no aniversário de 110 anos do município de Codó em 16 de abril de 2006. Foram convidados o governador José Reinaldo. Também foi convidado Jackson Lago. No encontro, o governador, no palanque, assinou simbolicamente um convênio com o município. Recentemente, o presidente Lula fez o mesmo na frente de 400 prefeitos. O governador José Serra repetiu o gesto, em evento recente. Em nenhum dos casos foi considerado abuso de poder, justamente porque convênios precisam de publicidade para que a população possa fiscalizá-los.

O que mais impressiona nesse processo é que, na ocasião, Jackson Lago não tinha nenhum cargo, sequer fora indicado candidato a governador - porque a convenção só ocorreu no mês de julho.

O segundo episódio foi uma reunião fechada com 40 a 50 pessoas do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pinheiros.

O terceiro foi uma “autodenúncia espontânea” de quatro eleitores de Imperatriz, dizendo que venderam seus . Posteriormente, um deles procurou a Polícia Federal para denunciar que tinham sido pressionados a efetuar tal denúncia. Eros Grau não tomou conhecimento, alegando que as provas foram apresentadas fora do prazo.

***

Em 2002, o candidato de Sarney, José Reinaldo, teve 48% dos votos válidos. A oposição teve 52% (somados o PDT, mais 5% do PT e 5% do PSB). Na época, o TSE anulou os votos do PSB, alegando atraso na entrega de documentos. Com isso, não houve segundo turno.

Agora, os Sarney tentaram de todo modo conquistar dois municípios promissores cassando os prefeitos: Santo Amaro, onde foi descoberto gás; e Barreirinhas, onde há um campo de petróleo promissor. Não conseguiram em Santo Amaro mas em Barreirinha o prefeito está afastado.

Antes, a corregedora Nelma afastou o juiz da comarca e enviou um substituto - que cassou o prefeito. Nelma é Sarney, cunhada do senador; o prefeito que assumiu é um primo de Sarney.

***

Além do relator Eros Grau ter negado a análise das provas do inquérito, o TSE ainda indicou para substituir Lago a candidata derrotada, a própria Roseana.

No mesmo TSE, corre uma denúncia de abuso de poder contra Roseana. Seu inquérito tem 300 páginas; o de Jackson, 15 mil. Só o de Jackson foi julgado.

Os ministros não tiveram tempo de ler as 300 páginas do inquérito de Roseana.

O homem por trás dessa coleta de “provas” para cassar inimigos é Chiquinho Scórcio, operador de Sarney e de Renan Calheiros.

FONTE:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/
Coluna Econômica - 17/03/2009

domingo, 15 de março de 2009

A insubmissa resistência

A insubmissa resistência


“É como se minha vida começasse hoje”, ouvi de uma moradora das palafitas do rio Anil, ao receber as chaves da casa com que sempre sonhou e finalmente recebeu junto com as primeiras famílias do maior projeto de intervenção urbana e inclusão social do Maranhão.

Essas palavras, na sua singeleza, dizem muito mais do que o reconhecimento de quem se descobre tratada como cidadã plena. Elas servem de inspiração para todos nós que fazemos da vida pública um exercício permanente de combate.

A vida recomeça a cada dia para quem luta por ideais. Esse é o dístico que carregamos conosco como um compromisso moral.

Todos sabemos que o Maranhão foi o único estado da nação que, na transição democrática, pagou o preço de reforçar seus laços com o autoritarismo e o caciquismo. O destino fez com que o fiador do poder militar, o avalista do arbítrio fosse nomeado o primeiro presidente civil após o golpe. Os ventos da liberalização, que sopraram em todo o país, não chegaram ao Maranhão.

Não admira então que o sopro de renovação que varreu o país, provocando a saudável alternância de poder em todos os Estados, entre nós tenha sido um simulacro, um rito de passagem por hereditariedade e consangüinidade. Custou anos e o labor de gerações para se obter as condições históricas de enfrentar e confrontar essa triste herança autoritária.

Essas condições tornam ainda mais grave a decisão do TSE de devolver o poder ao atraso e ao mandonismo. Todos conhecemos o antigo brocardo de Marx de que a história só se repete como farsa. Que dizer de uma decisão que condena o Maranhão a eternizar uma farsa política que tem o repúdio de toda a nação?

É contra isso que o povo maranhense se insurge. Por onde passo vejo crescerem os clamores de justiça de quem sente que teve seu voto esbulhado. Foi assim em Imperatriz na última quinta-feira, quando milhares de pessoas foram às ruas manifestar o seu repúdio pela violência que se comete contra a vontade popular.

Lembrei que praticamente nessa mesma data, há 45 anos, testemunhei a histórica manifestação do comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Com que emoção vivi aqueles momentos de afirmação cívica do nosso povo. Depois veio a longa noite autoritária, da qual ainda vagam seus avatares, como dinossauros, como bem expôs ao mundo a revista The Economist.

Em Imperatriz vi que nosso povo traz a mesma chama e o mesmo brilho nos olhos que vi há tantos anos na Central do Brasil. O brilho da insubmissão, o desejo da liberdade.

Me tocaram também as manifestações que recebi na última terça-feira no teatro Arthur Azevedo. Queria agradecer um a um pela longa e comovente ovação com que fui recebido. Nosso povo demonstra que repudia o golpe antidemocrático que se tenta dar pela via judiciária.

Confio que não se perpetrará essa violência que não é contra mim, mas contra o processo histórico e os direitos do povo maranhense.

Jackson Lago
Governador do Estado do Maranhão

(Texto extraido do Jornal Imparcial. O mesmo texto é encontrado no site do Governo do Estado do Maranhão, www.ma.gov.br)

sábado, 14 de março de 2009

Ato público repudia cassação do mandato de Jackson Lago







Ato público repudia cassação do mandato de Jackson Lago

Diversas lideranças políticas e dirigentes de movimentos sociais de toda a região tocantina participaram, ontem à noite, em Imperatriz, de um gigantesco ato de repúdio contra a cassação do mandato do governador Jackson Lago (PDT). A manifestação, que reuniu um público estimado em cerca de 15 mil pessoas, foi iniciada no começo da tarde, com uma caminhada da Praça Brasil até a Praça de Fátima.

Acompanhado do vice-governador, Pastor Luiz Carlos Porto, e de um grande número de prefeitos, deputados e sindicalistas, o governador Jackson Lago fez um contundente pronunciamento, em defesa do voto e da democracia. “É o apoio do nosso povo, que nos dá força, para continuarmos firmes, nesta luta, contra as artimanhas dos poderosos, inconformados com o resultado das urnas”, discursou Jackson Lago.

Em meio aos aplausos da multidão, o governador lembrou que, em razão de já ter recebido o titulo de Cidadão Imperatrizense, o apoio do povo de Imperatriz tem um valor simbólico muito grande. “Sou também um cidadão desta terra, e isto me enche de orgulho, mas também me impõe imensas responsabilidades”, frisou.

Fonte: Jornal Pequeno, 13/03/2009.



domingo, 8 de março de 2009

Ninguém pode nos calar

NINGUÉM PODE NOS CALAR


Após os acontecimentos jurídicos recentes que puseram em cheque o resultado eleitoral acachapante do pleito de 2006, sagrando vitorioso o governador Jackson Lago, cumpre enfatizar que seu governo representa para a história política contemporânea do Maranhão e sua população majoritariamente excluída, oportunidade ímpar de inflexão numa realidade social e política que prevalece estagnada desde o século XIX e mais destacadamente nos últimos 40 anos, desde o regime militar de 1964 e da ascensão do grupo oligárquico sarneisista ao poder, exercendo-o de forma praticamente ininterrupta desde então.

Apesar da tentativa do campo jurídico tentar reduzir uma luta social histórica em “quizilas”, acreditando que a lei submete a realidade, a disposição dos militantes da democracia e de outro Maranhão possível permanecem irresolutos da firmeza de seus princípios e da legitimidade desse governo.

A decisão contraditória e questionável do Tribunal Superior Eleitoral-TSE deixa patente duas verdades: 1. a submissão do judiciário ao poder dominante e 2. a judicialização da política de forma parcial e benéfica aos setores conservadores no poder.

Não esqueçamos que em 1951 sob eleições flagrantemente corruptas, o mesmo tribunal, manteve sob forte mobilização e revolta popular o governador Eugênio Barros não por que as provas eram insuficientes, mas por que interessava ao poder dominante, representado pelo oligarca Vitorino Freire e a ditadura getulista, mantê-lo.

Cumpre destacar que no último decênio muitos estudos e diagnósticos apontaram para a profunda venalidade e corrupção dos juízes e do judiciário de forma geral, fruto também, da composição das cortes superiores, isto é, a nomeação de ministros ou desembargadores, se dá no âmbito da esfera política envolvendo negociações por vezes impublicáveis.

A decisão tomada em relação ao Maranhão, e a Paraíba, representam no seu conjunto o mais flagrante movimento de restabelecimento das oligarquias mais atrasadas do país, cuja derrota em vários estados no pleito de 2006 foi amplamente comemorada pelos setores progressistas mais a esquerda.

Não creio que o caso do Maranhão seja o mesmo da Paraíba numa perspectiva de fundo, pois aqui se tratava realmente da oposição histórica a uma oligarquia, e lá muito mais uma disputa entre duas oligarquias, uma mais arejada e outra mais atrasada.

Esperar a solução de nossa problemática no campo jurídico é um equívoco, ao lado da desunião e da autofagia do grupo atualmente governante, somam elementos favoráveis à oligarquia sedenta por voltar ao trono.

Mais do que nunca as idéias de continuidade da luta e da força advinda da união são válidas, fundamentais, pois o pleito de 2006 provou que a oposição unida se torna imbatível, portanto, os cantos dos cisnes e os corvos do mal agouro devem ser rechaçados.

A questão agora é de luta, democrática, pública, transparente, incansável e ampla, observando as possibilidades de cada um e da uma em colaborar. Por conseguinte, é fundamental maior coesão da frente da libertação, aumentar a mobilização popular, cerrar fileiras no campo da luta social, política, midiática e intelectual, congregando o maior conjunto de forças que for possível, na construção de contra-poderes e de contra-hegemonia, seja no nível local, estadual, regional, nacional e internacional.

O brilhante Francisco Rezek não poderia ter sido mais pungente quando destacou tratar-se de um “golpe pela via judiciária”, e os movimentos sociais mobilizados ao caracterizarem como “uma luta em defesa da democracia e da soberania do voto popular”, mas existe um ângulo não destacado, o que se enfrenta é como denominou Raymundo Faoro, o “Estado Novo do PMDB”, cujas bases foram lançadas durante a Presidência herdada por força do acaso e das bactérias que consumiram Tancredo Neves, pelo prócer da ditadura militar, José Sarney.

Esse grupo que tomou de assalto o poder central a partir do apoio declarado do presidente Lula da Silva se infiltrou, mais ainda, em todos os poderes da República, montando o maior esquema de corrupção e drenagem do dinheiro público que se tem notícia, muito bem enfatizado pelo senador Jarbas Vasconcelos em entrevista recente.

Portanto, a luta no Maranhão, revela apenas a ponta mais visível do esquema de perpetuação no poder do grupo liderado pelo senador José Sarney, cujo coronelismo foi por décadas obscurecido pela mídia conservadora, mas amplamente divulgado nos últimos dois anos na imprensa escrita e virtual, rompendo a fronteira do regional e atingindo o nacional e o internacional até então impressionados com uma imagem falseada e irreal do “estadista”.

Isto deve ser destacado para deixar bem claro contra o que se está lutando – uma coligação de oligarquias e políticos venais ciosos do poder que tomaram de assalto, escombros e entulhos da ditadura militar; e pelo que se está lutando – por uma alternativa verdadeiramente democrática cuja construção se dará a partir do Maranhão.

Ao folhear o estudo “Cenários do Maranhão para o ano 2007”, escrito pelo pesquisador Tetsuo Tsuji, em 1993, deparei com o seguinte fator favorável a um crescimento desigual do Estado – “ascensão, nas próximas eleições majoritárias, de governantes ligados ao grupo hegemônico (sarneysismo)”.

Justamente em 1994 foi eleito um dos governos mais equivocados da história política maranhense, o governo Roseana Sarney, cujos oito anos, legou ao Maranhão, como bem destaca a pesquisadora Zulene Muniz Barbosa, em tese publicada no ano de 2006, a redução dos órgãos públicos, a extinção de autarquias, a criação de um exército de servidores públicos em disponibilidade, 70% de analfabetismo, centenas de conflitos por terra, precarização e superexploração do trabalho, venda a preço de banana da CEMAR, do BEM, da TELMA, sucateamento da CAEMA, demissão em massa de funcionários, o fim do IPEM, dentre outros.

Ninguém em plena consciência pode querer isso de volta, estamos fartos da repetição do mesmo.

Tetsuo Tsuji destacou também um segundo fator a época, o de que “não haverá mudanças no plano político-institucional no Maranhão, podendo ocorrer somente após vinte anos”. O momento da mudança é agora.

Tempo demais já passou sob os pés dos caminhantes, as suas mãos ficaram ásperas e gastas, mas o olhar é o mesmo daquela juventude que desafiou a ditadura, o espírito não esmoreceu, muitos são os que com eles dividem o pão, companheiros no barco que leva ao porto da liberdade, de outro Maranhão possível.

Nossa hora é agora, a vez do povo é hoje, não pode haver dúvidas, com as bandeiras na rua ninguém pode nos calar.

Jhonatan U. P. Sousa
(Historiador)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Mensagens de Solidariedade ao Governador Jackson Lago

Caros colegas, amigos, companheiros,

É muito dificil escrever nestas horas, quando ainda não conseguimos processar o impacto do pronunciamento dos ministros do Supremo Tribunal Eleitoral em favor da cassação do Governador Jackson Lago. Porém, mais difícil seria ficar com estas palavras e esta emoção guardadas dentro de mim sem partilhá-las com vocês.

Aconteceu na madrugada de hoje o que muitos temiamos mas não nos animávamos a dizer com toda a clareza que a gravidade do caso exigia, porque eram tão imprevisíveis e nefastos os desdobramentos que evitávamos nos debruçar diante de um cenário tão desesperador.

Mas aconteceu. E temos que avaliar a situação.

Apesar da (aparentemente) irrefutável defesa dos advogados do Dr. Jackson – e aqui queiro deixar expressa a minha admiração pela brilhante e comovente arguição do Dr. Francisco Resek e pela coragem com que colocou algumas verdades que o caso revela – a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral acolheu a versão da coligação "Maranhão -a Força do Povo", que apoiou a candidata Roseana Sarney nas eleições de 2006. Em consequencia disso, cassou o mandato do governador Jackson Lago e do vice–governador, Luis Carlos Porto. E mais, determinou a toma de posse da candidata derrotada.

O Dr. Resek mostrou na sua intervenção as implicações de uma decisão como essa. Adiantava-sse, assim, ao que veio acontecer. Mostrou que o Maranhão poderia ser levado ao caos, pois a candidatura de Roseana Sarney vem sendo objeto de processo judicial. A imprensa já tem noticiado a respeito das investigações da polícia e do Ministério Público sobre as ilegalidades no financiamento da sua campanha, cujo principal responsável era Fernando Sarney.

Também mostrou o Dr. Resek que esse grupo vinha mantendo o seu poder graças a uma forma autoritária de controle do Estado e ao controle das principais emissoras de rádio e de televisão e do maior jornal do Maranhão.

O próprio advogado de defesa de Roseana Sarney, Dr. Sepúlveda Pertence, e depois também o presidente do Tribunal, Dr. Ayres Britto, fizeram uso de uma frase que teria sido proferida pelo então governador José Reinaldo Tavares: “ por primeira vez essa família está tendo contra si a máquina do Estado”. Essa frase indicaria, alegaram, a confisão, do próprio ex-Governador, do uso da máquina do Estado em favor dos candidatos adversários de Roseana Sarney. Mas, na leitura dos magistrados “escapou” o sentido implícito da frase de Reinaldo Tavares: desde a redemocratização, a família Sarney conseguiu a vitória dos seus candidatos com uso e abuso da máquina do Estado!

Na justificativa de seu voto, o Dr. Ayres Britto alegou que a Constituição coloca para a posse de um cargo majoritário a necessidade de maioria de votos e de lisura na eleição. Parece irefutável o raciocínio. Porém, esse voto defendia a cassação do Dr. Jackson Lago e, a seguir, a entrega do cargo a Roseana Sarney. Que interpretação sui-generis da letra da lei! Totalmente descontextualizada! E ainda utilizada para entregar o cargo a quem em 40 anos demonstradamente utilizou a máquina pública – e a própria justiça! - para ganhar eleições sem nenhuma lisura e tirar o cargo de quem lutou contra isso!

Que desespero para todos nós, que tanto acreditamos na democracia, ver o quanto ainda estamos longe neste país desse sistema de governo que hoje parece só uma utopia!

A cada dia temos mais claras demostrações de que a ditadura brasileira deixou o espaço político e jurídico minado com bombas de efeito retardado, que ainda hoje fazem estragos! Não só não foi uma “ditabranda” como cumpriu o seu papel com brilhantismo: assegurou que mais de vinte anos depois de promulgada a que foi chamada de “Constituição cidadã” - que assegura a todos os homens e mulheres a igualdade de direitos e deveres – uns sejam mais iguais que outros! E que os privilégios de poucos continuem em detrimento dos anseios da maioria.

As mesmas elites que foram bater na porta dos quartéis quando o governo João Goulart começava a implentar medidas que ameaçavam a sua supremacia, hoje se utilizam do aparato do Estado para – ao amparo da Justiça e dos grandes meios de comunicação – violentar o espírito da nossa Carta maior. Que longe estamos do sonho democrático!

E o que fazer, diante dessa constatação?

Naturalmente devemos percorrer todos os caminhos legais que temos ao alcance para tentar fazer Justiça (com maiúscula!) E ficarmos mobilizados!

É o nosso direito mostrar a insatisfação diante da injustiça! É o nosso direito mostrar a insatisfação diante do poder dos grandes meios de comunicação, em permanente conspiração contra os valores democráticos e contra as maiorias! É o nosso direito protestar! É o nosso direito ganhar as ruas com as nossas mensagens! Esse espaço é o único que temos! Foi conquistado e não abriremos mão dele!

Enterrariamos os sonhos de gerações que lutaram e deram a vida pela democracia e pela justiça social se nos deixarmos abater pela aparente derrota. O povo brasileiro está dando demonstrações inequívocas de que não aceita mais que os Collors de Mello, os Sarneys, os Calheiros voltem ao cenário como atores de primeira linha!

É necessário demonstrar que no Brasil de 2009, no Brasil de 2010, 2011, 2012, no Brasil de hoje e de amahã, não há mais espaço para eles!

Se não formos capazes de dar ao povo a esperança de que o voto efetivamente tem valor, de que a Justiça pode ser confiável, de que a lei pode efetivamente ser igual para todos, estaremos diante de um cenário assustador: um povo desiludido e desesperançado, um povo sem verdadeiros canais de participação democrática, a mercê de cantos de sereia salvadores, com o perigo que isso implica. Se o espaço político e institucional continua tomado pela prepotência e pela corrupção, a lei da selva estará instalada entre nós.

Talvez caiba ao povo do Maranhão iniciar a grande transformação que o Brasil está a exigir: a transformação da apatia e do conformismo, do salve-se-quem-puder, da ação desesperada, isolada, em ação positiva, construtiva, coletiva, organizada, enérgica e solidária, de um povo que tem dignidade e não se curva perante ninguém, ciente dos seus direitos. O Dr. Jackson Lago disse, após a sua cassação, que a forma que tinha de agradecer ao povo que o acompanhou ao longo de meses de vigília democrática era continuar na luta.

Na luta haveremos de continuar!

Beatriz Bissio

04 de março de 2009

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Prezada Sra. Beatriz Bissio,não nos conhecemos pessoalmente, mas isso é secundário, o importante, mesmo, é a identidade de propósitos e a firme decisão de sonhar e de lutar para que o Maranhão possa, um dia, se libertar dessas "amarras de tantas opressões" que, há dezenas de anos, o tem empurrado para o "acostamemnto na história". Parabéns, Sra. "BEATRIZ SEM MEDO", de assumir, de público, num documento histórico, uma postura, que sei, meus amigos maranhenses teriam orgulho de ter escrito, mesmo sabendo virem a sofrer represesálias e retaliações. Acêrca do episódio desta madrugada, lembrei-me de uma música do compositor Luiz Airão, que, em forma de alegoria, se aproxima, em parte, da grande frustação popular que esta situação representou: "...Aproveitou o silêncio madrugada E como uma ladra, realmente, ela roubou Todos os meus planos, todos esses anos que em vão meu coração sonhou..."

Pois é, Sra. "Beatriz sem Medo", nós maranhenses, Célia Linhares e eu, José Ribamar Linhares, nos solidarizamos com o seu texto, com Povo Maranhense que elegeu o Governador Jackson Lago, mas, sobretudo, com a Democracia Brasileira que, mais uma vez, se vê ameaçada de esbulho, contra a vontade popular.Neste momento de graves temores, mas também de muita confiança na tenacidade popular, sugerimos "UM MOVIMENTO DE ADESÃO AO TEXTO DA HISTORIADORA BEATRIZ BISIO, E SUA MAIS AMPLA DIVULGAÇÃO, COMO UMA FORMA DE FORTALECER OS SONHOS E OS PROJETOS DE DEMOCRACIA, QUE VÃO SE RADICALIZANDO,
APESAR DOS BLOQUEIOS QUE CONTRA ELES SÃO ERGUIDOS. VAMOS JUNTOS COM O GOVERNADOR JACKSON LAGO:

"AQUELES QUE ENTENDEM QUE DEVEMOS LUTAR PARA DEFENDER O VOTO DE CADA HOMEM E DE CADA MULHER, CONTEM COMIGO".

Atenciosamente,

José Ribamar Linhares

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Linhares e Beatriz.

Ouvi de um cidadão comum quando andava pela rua a seguinte frase: "Não vou mais votar, pois nada valeu o voto que dei a Jackson".
Dessa forma, o maranhense externou o sentimento de descrença naquilo que mais expressa a democracia , resultante da terrível decisão tomada pelos juízes do TSE que, discordando entre eles em seus argumentos, conseguiram ter posição única: cassar o mandato de Dr.Jackson Lago, eleito pela vontade popular, fruto de longo e honrado trabalho desempenhado durante toda a sua trajetória política.

É desalentador, mas não ao ponto de exaurir a nossa capacidade de ter esperança de que com luta haveremos de retomar o caminho da democracia e do respeito ao cidadão.

Assim, eu, Jesus Gaspar Leite, e Almir leite nos unimos a vocês para registrar nossa solidariedade ao Governador Jackson Lago.

segunda-feira, 2 de março de 2009

VIGÍLIA CÍVICA NO MARANHÃO

Agendada vigília cívica no Maranhão

Nesta terça-feira (03/03), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fará a quarta tentativa de julgar o processo de cassação do governador Jackson Lago (PDT). O clima nas ruas de São Luís e de outras cidades do Maranhão é de tensão e agitação. Em todas as tentativas anteriores de julgamento, a Frente de Libertação do Maranhão (coligação que apoia o governador Jackson Lago) colocou entre mais de cinco mil pessoas em frente ao Palácio dos Leões, sede do governo, no acampamento Balaiada (nome de uma antiga revolta ocorrida no Maranhão na época da colônia, liderada por balaios insurgentes).

O acampamento Balaiada será novamente organizado neste fim de semana e promete resistir a toda tentativa do clã Sarney de conquistar na justiça o que não foi possível conseguir pelo voto popular. Pesquisas recentes indicam que 62% da opinião pública da capital rejeita a hipótese de retorno de Roseana Sarney ao Governo do Estado. Portanto, o Governador tem a seu favor o convencimento da população de que o senador José Sarney e os seus aliados estão tentando dar um golpe contra a democracia maranhense. Neste momento todas as manifestações de repúdio a essa tentativa de desvirtuar pela via judicial o resultado do povo popular são muito importantes para o futuro da democracia no Maranhão. Nesse sentido, o Comitê de Defesa da Democracia no Maranhão me pidiu que entrasse em contato com vocês solicitando a ajuda na divulgação da agenda da vigília cívica que será instalada novamente dia 02 de março, no acampamento Balaiada.

Também seria EXTREMAMENTE IMPORTANTE PODER CONTAR COM DECLARAÇÕES de figuras importantes do PDT em apoio à resistência ao golpe orquestrado pelo clã Sarney. Todas as mensagens serão lidas no acampamentro durante a vigília e divulgadas amplamente. Entre as presenças confirmadas na vigília em São Luis estão a do deputado federal Brizola Neto e de Roberto Amaral.

Texto: Beatriz Bissio

Mensagem de ANITA PRESTES ao Maranhão

Como já tive oportunidade de fazê-lo em oportunidades anteriores, quero, mais uma vez, declarar minha solidariedade ao governador Jackson Lago e a todos os maranhenses que, neste momento, estão nas ruas defendendo a democracia em seu estado e no Brasil. Considero inaceitáveis as manobras das oligarquias que se sentem alijadas do poder no Maranhão e pressionam o TSE no sentido de desrespeitar a vontade majoritária dos eleitores desse estado. Como sempre disse Luiz Carlos Prestes, meu pai, o Cavaleiro da Esperança do povo brasileiro, só os trabalhadores e o povo organizados e mobilizados terão força para garantir as liberdades democráticas e assegurar a conquista de uma sociedade mais justa e igualitária no Brasil.

Sucesso na luta levada adiante pela Frente de Libertação do Maranhão!

Anita Leocadia Prestes