Companheiras e Companheiros,
Uno-me ao esforço de todos vocês em defesa do mandato do governador Jackson Lago. O aperfeiçoamento da democracia brasileira não admite que práticas caudilhescas de divisão política e eleitoral do país continuem a persistir. Jackson Lago foi eleito democraticamente pelo povo do Maranhão e merece todo o nosso apoio e o nosso repúdio às velhas manobras golpistas que ofendem a nossa cidadania e civilidade.
Viva Jackson Lago! Viva o povo maranhense!
Frei Betto
São Paulo, 28 de fevereiro de 2009
sábado, 28 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
MOBILIZAÇÃO
Nesta quinta-feita - 19/2/2009, a praça em frente ao Palácio dos Leões será palco de uma das maiores manifestações populares já registradas na história do estado.
Três passeatas saem de locais diferentes: a das mulheres, parte da praça João Lisboa, em frente à Igreja dos Remédios; a da Fetaema e caravanas do interior, inicia na praça Deodoro, percorrendo a rua Grande; a do movimento de moradia sai da Camboa. Todas concentram a partir das 15 horas.
As três se encontram com os sem-terras no Acampamento Balaiada. Lá, assistem através de telão a sessão de julgamento do TSE.
Texto: Franklin Douglas
Três passeatas saem de locais diferentes: a das mulheres, parte da praça João Lisboa, em frente à Igreja dos Remédios; a da Fetaema e caravanas do interior, inicia na praça Deodoro, percorrendo a rua Grande; a do movimento de moradia sai da Camboa. Todas concentram a partir das 15 horas.
As três se encontram com os sem-terras no Acampamento Balaiada. Lá, assistem através de telão a sessão de julgamento do TSE.
Texto: Franklin Douglas
Movimentos populares, em vigília cívica, aguardam pronunciamento do Tribunal Superior Eleitoral
Movimentos populares, em vigília cívica, aguardam pronunciamento do Tribunal Superior Eleitoral
Mobilização contra a tentativa da família Sarney de tirar o mandato do Governador Jackson Lago se intensifica; João Capiberibe e João Pedro Stédile fazem duros pronunciamentos em comício em frente ao Palácio do Governo, em São Luis
Começou hoje a vigília cívica em defesa da democracia no Maranhão convocada pela plenária dos movimentos populares em assembléia realizada na sexta-feira passada. A estratégia é tomar novamente as ruas de São Luís para garantir o respeito à democracia e ao voto popular no Maranhão, assegurando grande presença de populares na porta do Palácio dos Leões, sede do Governo, para acompanharem o veredicto do TSE junto ao Governador Jackson Lago. Amanhã será julgado no Tribunal Superior Eleitoral o pedido de cassação do governador e do vice–governador, Luís Carlos Porto, movido pela coligação "Maranhão – a Força do Povo", que apoiou a candidata Roseana Sarney nas eleições de 2006,
A União Estadual por Moradia Popular, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a Central de Movimentos Populares, o Movimento da Área Itaqui-Bacanga, a Rádio Comunitária Conquista, o Movimento de Defesa dos Favelados e Palafitados, a Associação de Saúde da Periferia/MA (ASPEM), o Clube Cultural de Bumba Meu Boi de Zabumba da Liberdade, o Grupo de Mulheres Negras Maria Firmina, o Grupo de Mulheres Negras Mãe Andressa, o Movimento de Mulheres Maria Aragão, o Movimento de Mulheres da Ilha e o Fórum DCA da Vila Luizão são alguns dos movimentos populares que participaram do comício.
A Democracia em perigo
A vigília cívica em frente do Palácio dos Leões contou com a presença de prefeitos e deputados do Maranhão, lideranças sindicais, e, como convidados especiais, João Pedro Stédile, líder do MST, o ex- governador e Senador do Amapá, João Capiberibe, a deputada federal Janete Capiberibe e a vereadora por Macapá, Cristina Almeida, que em 2006 foi a candidata dos movimentos populares ao Senado pelo Amapá que quase derrotou José Sarney. Janete Capiberibe lembrou que as manobras do clã Sarney contra o governador Jackson Lago são similares as já utilizadas acieela própria e seu marido pelo mesmo grupo político no Amapá e que, por isso, existe uma grande identidade entre as lutas populares nos dois estados. Cristina Almeida destacou a importância da mobilização dos movimentos populares do Maranhão no recente Fórum Social Mundial de Belém, que permitiu dar uma projeção internacional a resistência do povo maranhense contra o Golpe que está sendo orquestrado utilizando-se da justiça. O ex-governador do Amapá, João Capiberibe, fez um relato da perseguição política da qual foi vítima e convocou a população a não abrir mão da defesa do seu voto. Finalmente, João Pedro Stédile fez duras críticas a oligarquia Sarney que tenta no "tapetão" manter os privilégios que perdeu nas urnas.
Amanhã a programação da vigília cívica prevê a realização de caminhadas por diferentes pontos da cidade de São Luis, convergindo para a frente do Palácio dos Leões para acompanhar junto ao Governador e aos convidados especiais, o julgamento no TSE.
Comitê em Defesa da Democracia no Maranhão
Mobilização contra a tentativa da família Sarney de tirar o mandato do Governador Jackson Lago se intensifica; João Capiberibe e João Pedro Stédile fazem duros pronunciamentos em comício em frente ao Palácio do Governo, em São Luis
Começou hoje a vigília cívica em defesa da democracia no Maranhão convocada pela plenária dos movimentos populares em assembléia realizada na sexta-feira passada. A estratégia é tomar novamente as ruas de São Luís para garantir o respeito à democracia e ao voto popular no Maranhão, assegurando grande presença de populares na porta do Palácio dos Leões, sede do Governo, para acompanharem o veredicto do TSE junto ao Governador Jackson Lago. Amanhã será julgado no Tribunal Superior Eleitoral o pedido de cassação do governador e do vice–governador, Luís Carlos Porto, movido pela coligação "Maranhão – a Força do Povo", que apoiou a candidata Roseana Sarney nas eleições de 2006,
A União Estadual por Moradia Popular, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a Central de Movimentos Populares, o Movimento da Área Itaqui-Bacanga, a Rádio Comunitária Conquista, o Movimento de Defesa dos Favelados e Palafitados, a Associação de Saúde da Periferia/MA (ASPEM), o Clube Cultural de Bumba Meu Boi de Zabumba da Liberdade, o Grupo de Mulheres Negras Maria Firmina, o Grupo de Mulheres Negras Mãe Andressa, o Movimento de Mulheres Maria Aragão, o Movimento de Mulheres da Ilha e o Fórum DCA da Vila Luizão são alguns dos movimentos populares que participaram do comício.
A Democracia em perigo
A vigília cívica em frente do Palácio dos Leões contou com a presença de prefeitos e deputados do Maranhão, lideranças sindicais, e, como convidados especiais, João Pedro Stédile, líder do MST, o ex- governador e Senador do Amapá, João Capiberibe, a deputada federal Janete Capiberibe e a vereadora por Macapá, Cristina Almeida, que em 2006 foi a candidata dos movimentos populares ao Senado pelo Amapá que quase derrotou José Sarney. Janete Capiberibe lembrou que as manobras do clã Sarney contra o governador Jackson Lago são similares as já utilizadas acieela própria e seu marido pelo mesmo grupo político no Amapá e que, por isso, existe uma grande identidade entre as lutas populares nos dois estados. Cristina Almeida destacou a importância da mobilização dos movimentos populares do Maranhão no recente Fórum Social Mundial de Belém, que permitiu dar uma projeção internacional a resistência do povo maranhense contra o Golpe que está sendo orquestrado utilizando-se da justiça. O ex-governador do Amapá, João Capiberibe, fez um relato da perseguição política da qual foi vítima e convocou a população a não abrir mão da defesa do seu voto. Finalmente, João Pedro Stédile fez duras críticas a oligarquia Sarney que tenta no "tapetão" manter os privilégios que perdeu nas urnas.
Amanhã a programação da vigília cívica prevê a realização de caminhadas por diferentes pontos da cidade de São Luis, convergindo para a frente do Palácio dos Leões para acompanhar junto ao Governador e aos convidados especiais, o julgamento no TSE.
Comitê em Defesa da Democracia no Maranhão
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
SOLIDARIEDADE AO POVO DO MARANHAO
SOLIDARIEDADE AO POVO DO MARANHAO
RESPEITO A SUA DECISAO DE ESCOLHER SEU GOVERNADOR
O povo do Maranhao escolheu o governador Jackson lago, contra todos e contra tudo. Numa manifestação clara, de que queria mudanças.
Afastada pelo voto livre e soberano da população maranhense, a oligarquia tenta retornar ao poder através de manobras junto aos tribunais superiores, terreno onde o senador José Sarney mantém muitos amigos, aliados e pessoas que lhe devem favores.
A população do Estado, principalmente sua parcela mais organizada e consciente, entrou em regime de alerta e está conduzindo manifestações em São Luís e em diversos pontos do Estado. No entanto tais manifestações estão sendo silenciadas, pelo monopólio midiático que a mesma oligarquia tem sobre a Globo, SBT, etc, que são de propriedades dos familiares do senador Sarney ou de seus aliados próximos, como o senador Edison Lobão.
O povo do Maranhão quer que seu voto seja respeitado.
Esperamos que o Tribunal Superior Eleitorial, não se curve as manobras dos interesses da oligarquia maranhense.
Por isso, queremos de publico manifestar nossa solidariedade ao povo do Maranaho e ao seu governador Jackson Lago, legitimamente eleito.
Atenciosamente
Brasil, 5 de dezembro de 2008
Roberto Amaral, secretario geral do Partido socialista Brasileiro, PSB
Edmilson Costa, pelo Partido Comunista Brasileiro,
Sergio Miranda, pelo Partido Trabalhista Democratico, de Belo Horizonte
Beto Almeida, jornalista e diretor da Telesur
Joao Pedro Stedile, pela coordenação nacional da Via campesina Brasil
Ricardo Gebrim, sindicato dos advogados de sao paulo,
Marina dos Santos, pela direção nacional do MST
Luiz Dala Costa, pelo movimento dos atingidos pelas barragens
Temistocles Marcelos, sindicato da saude de BH e da comissao de meio ambiente da CUT
Mario Jakobsind, jornalista, Rio de Janeiro
Frei Sergio Gorgen, pelo movimento dos pequenos agricultores- MPA
Justina Cima, pelo movimento das mulheres camponesas. MMC
Igor Fuser, professor universitario, Jornalista. Sao Paulo
Alipio Freire, jornalista, sao paulo.
RESPEITO A SUA DECISAO DE ESCOLHER SEU GOVERNADOR
O povo do Maranhao escolheu o governador Jackson lago, contra todos e contra tudo. Numa manifestação clara, de que queria mudanças.
Afastada pelo voto livre e soberano da população maranhense, a oligarquia tenta retornar ao poder através de manobras junto aos tribunais superiores, terreno onde o senador José Sarney mantém muitos amigos, aliados e pessoas que lhe devem favores.
A população do Estado, principalmente sua parcela mais organizada e consciente, entrou em regime de alerta e está conduzindo manifestações em São Luís e em diversos pontos do Estado. No entanto tais manifestações estão sendo silenciadas, pelo monopólio midiático que a mesma oligarquia tem sobre a Globo, SBT, etc, que são de propriedades dos familiares do senador Sarney ou de seus aliados próximos, como o senador Edison Lobão.
O povo do Maranhão quer que seu voto seja respeitado.
Esperamos que o Tribunal Superior Eleitorial, não se curve as manobras dos interesses da oligarquia maranhense.
Por isso, queremos de publico manifestar nossa solidariedade ao povo do Maranaho e ao seu governador Jackson Lago, legitimamente eleito.
Atenciosamente
Brasil, 5 de dezembro de 2008
Roberto Amaral, secretario geral do Partido socialista Brasileiro, PSB
Edmilson Costa, pelo Partido Comunista Brasileiro,
Sergio Miranda, pelo Partido Trabalhista Democratico, de Belo Horizonte
Beto Almeida, jornalista e diretor da Telesur
Joao Pedro Stedile, pela coordenação nacional da Via campesina Brasil
Ricardo Gebrim, sindicato dos advogados de sao paulo,
Marina dos Santos, pela direção nacional do MST
Luiz Dala Costa, pelo movimento dos atingidos pelas barragens
Temistocles Marcelos, sindicato da saude de BH e da comissao de meio ambiente da CUT
Mario Jakobsind, jornalista, Rio de Janeiro
Frei Sergio Gorgen, pelo movimento dos pequenos agricultores- MPA
Justina Cima, pelo movimento das mulheres camponesas. MMC
Igor Fuser, professor universitario, Jornalista. Sao Paulo
Alipio Freire, jornalista, sao paulo.
NOTA DO PDT AO POVO DO MARANHÃO
AO POVO DO MARANHÃO
O PDT do Maranhão dirige-se à população para mantê-la atenta ao julgamento que visa à cassação do mandato do governador e presidente licenciado do partido, Jackson Lago, solicitação feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo grupo político do senador José Sarney.
Na oportunidade, o PDT agradece as manifestações de solidariedade e de apoio recebidas pelo governador Jackson Lago de homens e mulheres de todo o país, em particular dos maranhenses das mais diferentes regiões do Estado. Igualmente, o PDT agradece os movimentos populares e democráticos que repelem essa tentativa de golpe, perpetrada por quem foi derrotado nas eleições de 2006.
Da mesma forma, o PDT ressalta o sentimento de legalidade, civismo e coragem expressado pelo povo maranhense, protagonista das mais significativas lutas nacionais e exemplo de resistência às tentativas de ultraje fulminadas pelas elites dominantes.
O PDT, nascido do ventre da resistência popular e democrática à ditadura militar, nunca se curvou aos ditames dos poderosos e sempre identificou na organização do povo brasileiro a alternativa política para a manutenção e avanço de suas conquistas.
Neste sentido, o PDT maranhense quer lembrar que o governador Jackson Lago foi eleito pela maioria dos maranhenses, num pleito cuja vitória foi resultado de décadas de luta por libertação.
Por esta razão, não há outra denominação senão golpe para designar a armação do senador derrotado José Sarney, que tenta transferir aos tribunais uma decisão que já foi tomada soberanamente pelo povo por meio do voto.
O PDT quer deixar claro que mantém respeito às autoridades constituídas e aos princípios republicanos, razão pela qual acredita na independência dos ministros que compõem o TSE.
O PDT do Maranhão, no entanto, não poderia deixar de chamar a atenção para alguns atos suspeitos como, por exemplo, a pressa com que o vice-procurador emitiu parecer num processo com mais de 30 mil páginas, pedindo ao TSE acolhimento do recurso do grupo do senador José Sarney para cassar o mandato do governador Jackson Lago.
O PDT comunica aos maranhenses que recorre a todos os métodos legais para fazer valer a democracia e a vontade popular. Para tanto, foi contratada uma experiente banca de advogados, da qual fazem parte os ex-ministros Antonio Rezek (presidiu o STF), José Eduardo Alckmin (destacado membro do TSE) e Edson Vidigal (foi presidente do STJ) e o advogado Daniel Leite.
Ao concluir, o PDT conclama os maranhenses para integrarem-se às organizações populares e democráticas que formam o Comitê de Defesa da Democracia. A programação encontra-se no site do PDT ( www.pdtma.org.br ) e culmina com uma vigília cívica em frente ao Palácio dos Leões, iniciada na quarta-feira, dia 18, e prolongando-se no dia seguinte, quando será o julgamento.
Vamos à luta. Vamos dar um basta a mais essa manobra espúria de Sarney, que tenta dar o Governo do Estado de presente à filha Roseana, reinstalando o coronelismo, a oligarquia, o mandonismo e a dinastia da sua família no Maranhão.
Saudações Trabalhistas
Partido Democrático Trabalhista (PDT) - Maranhão
Deputado Federal Julião Amin – Presidente em Exercício
São Luís, 17, fevereiro de 2009
O PDT do Maranhão dirige-se à população para mantê-la atenta ao julgamento que visa à cassação do mandato do governador e presidente licenciado do partido, Jackson Lago, solicitação feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo grupo político do senador José Sarney.
Na oportunidade, o PDT agradece as manifestações de solidariedade e de apoio recebidas pelo governador Jackson Lago de homens e mulheres de todo o país, em particular dos maranhenses das mais diferentes regiões do Estado. Igualmente, o PDT agradece os movimentos populares e democráticos que repelem essa tentativa de golpe, perpetrada por quem foi derrotado nas eleições de 2006.
Da mesma forma, o PDT ressalta o sentimento de legalidade, civismo e coragem expressado pelo povo maranhense, protagonista das mais significativas lutas nacionais e exemplo de resistência às tentativas de ultraje fulminadas pelas elites dominantes.
O PDT, nascido do ventre da resistência popular e democrática à ditadura militar, nunca se curvou aos ditames dos poderosos e sempre identificou na organização do povo brasileiro a alternativa política para a manutenção e avanço de suas conquistas.
Neste sentido, o PDT maranhense quer lembrar que o governador Jackson Lago foi eleito pela maioria dos maranhenses, num pleito cuja vitória foi resultado de décadas de luta por libertação.
Por esta razão, não há outra denominação senão golpe para designar a armação do senador derrotado José Sarney, que tenta transferir aos tribunais uma decisão que já foi tomada soberanamente pelo povo por meio do voto.
O PDT quer deixar claro que mantém respeito às autoridades constituídas e aos princípios republicanos, razão pela qual acredita na independência dos ministros que compõem o TSE.
O PDT do Maranhão, no entanto, não poderia deixar de chamar a atenção para alguns atos suspeitos como, por exemplo, a pressa com que o vice-procurador emitiu parecer num processo com mais de 30 mil páginas, pedindo ao TSE acolhimento do recurso do grupo do senador José Sarney para cassar o mandato do governador Jackson Lago.
O PDT comunica aos maranhenses que recorre a todos os métodos legais para fazer valer a democracia e a vontade popular. Para tanto, foi contratada uma experiente banca de advogados, da qual fazem parte os ex-ministros Antonio Rezek (presidiu o STF), José Eduardo Alckmin (destacado membro do TSE) e Edson Vidigal (foi presidente do STJ) e o advogado Daniel Leite.
Ao concluir, o PDT conclama os maranhenses para integrarem-se às organizações populares e democráticas que formam o Comitê de Defesa da Democracia. A programação encontra-se no site do PDT ( www.pdtma.org.br ) e culmina com uma vigília cívica em frente ao Palácio dos Leões, iniciada na quarta-feira, dia 18, e prolongando-se no dia seguinte, quando será o julgamento.
Vamos à luta. Vamos dar um basta a mais essa manobra espúria de Sarney, que tenta dar o Governo do Estado de presente à filha Roseana, reinstalando o coronelismo, a oligarquia, o mandonismo e a dinastia da sua família no Maranhão.
Saudações Trabalhistas
Partido Democrático Trabalhista (PDT) - Maranhão
Deputado Federal Julião Amin – Presidente em Exercício
São Luís, 17, fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Carreata em Defesa da Democracia no Maranhão
Uma carreata em defesa do mandato do governador Jackson Lago tomou conta das principais avenidas de São Luís, na manhã de ontem. O movimento foi organizado pelo Comitê em Defesa da Democracia no Maranhão, coordenado pelo Movimento Sem-Terra (MST) e pela União Estadual pela Moradia Popular.
A carreata saiu da praça Maria Aragão, local de concentração, e passou pelos bairros da Liberdade, Camboa, Monte Castelo, Alemanha, João Paulo, Felipinho, Anil, Aurora, retorno da Cohab, Avenida São Luís Rei de França, Avenida dos Holandeses e Avenida Litorânea. O movimento teve dispersão no São Francisco, nas imediações da Lagoa da Jansen.
Durante todo o percurso, buzinas e bandeiras do Maranhão chamavam a atenção de quem passava pelas principais avenidas de São Luís. O movimento teve a adesão espontânea de centenas de motoristas, que se juntaram à carreata em defesa da democracia no Estado.
A carreata levou para as avenidas carros de som e locutores que alertaram a população quanto à ameaça de golpe político no Maranhão por meio do processo movido pelo grupo Sarney, que tenta tirar o mandato de Jackson Lago, garantido nas urnas pela população do Estado. Os carros traziam, além de bandeiras, adesivos com a seguinte frase: “Golpe não! Sarney nunca mais”.
O movimento contou com as presenças do presidente estadual do PDT, Julião Amin, de lideranças pedetistas, do deputado federal Domingos Dutra e de dezenas de secretários estaduais como Wilson Carvalho (Articulação Política), Telma Pinheiro (Cidades e Infra-estrutura), João Martins (Turismo), Domingos Paz (Agricultura), Eurídice Vidigal (Segurança Cidadã), Othon Bastos (Ciência e Tecnologia) e outros. Dirigentes de órgãos como Clodomir Paz (Detran) e Sofiani Labidi (Fapema) também se somaram à mobilização.
“Estão querendo ferir a democracia no Maranhão e nós não vamos permitir isso. Tentam nos dar um golpe e é preciso que a população se junte a nós para evitar que o grupo Sarney retorne ao poder, onde passaram 40 anos mandando”, disse o sociólogo José de Paula Oliveira, que aderiu à carreata na Avenida Litorânea.
Mais mobilizações
Integrantes do movimento União Estadual por Moradia Popular estão se mobilizando para realizar, na próxima quarta-feira, 18, uma grande manifestação de apoio ao governador Jackson Lago, às vésperas da votação do processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A passeata vai sair da praça Deodoro e seguirá ao Palácio dos Leões, onde se juntará a outros movimentos pró-Jackson programados para o mesmo dia.
A decisão sobre as estratégias de mobilização foi definida, na manhã de ontem, durante um mutirão do Movimento, realizado no canteiro de obras do Residencial Maria Firmina, em Paço do Lumiar. “O governador Jackson Lago sempre foi um homem comprometido com as causas sociais. Não vamos ficar de braços cruzados vendo tamanha injustiça acontecer”, disse a coordenadora da União Estadual por Moradia Popular, Creusamar de Pinho.
Ela ressaltou ainda que “o Brasil precisa saber que o governador Jackson Lago não está sozinho e que o povo do Maranhão está alerta, vigilante e não aceita sua saída do Governo do Estado por meio de um golpe orquestrado pelo grupo opositor”.
“Nosso movimento não defende apenas o mandato do governador Jackson Lago, mas age também em defesa da democracia, visando à permanência do governador que elegemos”, concluiu Creusamar de Pinho.
Matéria: jornal O Imparcial, 16/02/09
A carreata saiu da praça Maria Aragão, local de concentração, e passou pelos bairros da Liberdade, Camboa, Monte Castelo, Alemanha, João Paulo, Felipinho, Anil, Aurora, retorno da Cohab, Avenida São Luís Rei de França, Avenida dos Holandeses e Avenida Litorânea. O movimento teve dispersão no São Francisco, nas imediações da Lagoa da Jansen.
Durante todo o percurso, buzinas e bandeiras do Maranhão chamavam a atenção de quem passava pelas principais avenidas de São Luís. O movimento teve a adesão espontânea de centenas de motoristas, que se juntaram à carreata em defesa da democracia no Estado.
A carreata levou para as avenidas carros de som e locutores que alertaram a população quanto à ameaça de golpe político no Maranhão por meio do processo movido pelo grupo Sarney, que tenta tirar o mandato de Jackson Lago, garantido nas urnas pela população do Estado. Os carros traziam, além de bandeiras, adesivos com a seguinte frase: “Golpe não! Sarney nunca mais”.
O movimento contou com as presenças do presidente estadual do PDT, Julião Amin, de lideranças pedetistas, do deputado federal Domingos Dutra e de dezenas de secretários estaduais como Wilson Carvalho (Articulação Política), Telma Pinheiro (Cidades e Infra-estrutura), João Martins (Turismo), Domingos Paz (Agricultura), Eurídice Vidigal (Segurança Cidadã), Othon Bastos (Ciência e Tecnologia) e outros. Dirigentes de órgãos como Clodomir Paz (Detran) e Sofiani Labidi (Fapema) também se somaram à mobilização.
“Estão querendo ferir a democracia no Maranhão e nós não vamos permitir isso. Tentam nos dar um golpe e é preciso que a população se junte a nós para evitar que o grupo Sarney retorne ao poder, onde passaram 40 anos mandando”, disse o sociólogo José de Paula Oliveira, que aderiu à carreata na Avenida Litorânea.
Mais mobilizações
Integrantes do movimento União Estadual por Moradia Popular estão se mobilizando para realizar, na próxima quarta-feira, 18, uma grande manifestação de apoio ao governador Jackson Lago, às vésperas da votação do processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A passeata vai sair da praça Deodoro e seguirá ao Palácio dos Leões, onde se juntará a outros movimentos pró-Jackson programados para o mesmo dia.
A decisão sobre as estratégias de mobilização foi definida, na manhã de ontem, durante um mutirão do Movimento, realizado no canteiro de obras do Residencial Maria Firmina, em Paço do Lumiar. “O governador Jackson Lago sempre foi um homem comprometido com as causas sociais. Não vamos ficar de braços cruzados vendo tamanha injustiça acontecer”, disse a coordenadora da União Estadual por Moradia Popular, Creusamar de Pinho.
Ela ressaltou ainda que “o Brasil precisa saber que o governador Jackson Lago não está sozinho e que o povo do Maranhão está alerta, vigilante e não aceita sua saída do Governo do Estado por meio de um golpe orquestrado pelo grupo opositor”.
“Nosso movimento não defende apenas o mandato do governador Jackson Lago, mas age também em defesa da democracia, visando à permanência do governador que elegemos”, concluiu Creusamar de Pinho.
Matéria: jornal O Imparcial, 16/02/09
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Coronelismo Eletrônico
Ninguém contesta o coronel
Quem acessar durante esta semana o site do Observatório da Imprensa vai encontrar na enquete a seguinte pergunta: "É correto um político usar uma concessão pública de TV para atacar seus adversários?".
A questão vem à superfície porque o presidente do Senado, José Sarney, foi apanhado em gravação da Polícia Federal orientando seu filho Fernando a usar as emissoras da família para atacar um adversário político.
Sarney é dono de um conglomerado de comunicação que inclui emissora de televisão afiliada à Rede Globo. A legislação proíbe a concessão de serviços públicos, entre eles os de radiodifusão, a detentores de cargo eletivo.
O pesquisador Venício A. Lima, integrante deste Observatório, já demonstrou que 51 deputados são donos ou sócios de emissoras, enquanto o Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação constatou que pelo menos 27 dos 81 senadores são proprietários de veículos de comunicação, diretamente ou através de prepostos ou parentes. É o chamado coronelismo eletrônico.
O capítulo específico da Constituição de 1988 sobre Comunicação Social tem cinco artigos, que nunca foram regulamentados. Pouco ânimo
Esse debate deveria estar fervendo na imprensa por esses dias, em função da conversa entre Sarney pai e Sarney filho, revelada pela Folha de S.Paulo. Mas o que os jornais destacam nas edições de terça-feira (10/2) é o projeto que livra da prisão os operadores ou responsáveis por emissoras clandestinas. Em vez de processo criminal, os acusados serão submetidos a processo administrativo no Ministério das Comunicações. Praticamente todos os jornais deram atenção à proposta, abordando corretamente o tema, com abertura de opiniões variadas.
A imprensa se manifesta contrária à existência das emissoras clandestinas, o que é razoável. Algumas delas estão nas mãos do crime organizado, mas na maior parte dos casos trata-se de emissoras comunitárias em situação irregular. É um problema que de fato precisa ser levado a debate, e até, eventualmente, a audiências públicas.
A imprensa está preocupadíssima com as emissoras clandestinas. Mas não tem o mesmo ânimo para a outra irregularidade, muito mais grave, que é a permanência do coronelismo eletrônico.
Por Luciano Martins Costa em 10/2/2009
Comentário para o programa radiofônico do OI, 10/2/2009
Quem acessar durante esta semana o site do Observatório da Imprensa vai encontrar na enquete a seguinte pergunta: "É correto um político usar uma concessão pública de TV para atacar seus adversários?".
A questão vem à superfície porque o presidente do Senado, José Sarney, foi apanhado em gravação da Polícia Federal orientando seu filho Fernando a usar as emissoras da família para atacar um adversário político.
Sarney é dono de um conglomerado de comunicação que inclui emissora de televisão afiliada à Rede Globo. A legislação proíbe a concessão de serviços públicos, entre eles os de radiodifusão, a detentores de cargo eletivo.
O pesquisador Venício A. Lima, integrante deste Observatório, já demonstrou que 51 deputados são donos ou sócios de emissoras, enquanto o Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação constatou que pelo menos 27 dos 81 senadores são proprietários de veículos de comunicação, diretamente ou através de prepostos ou parentes. É o chamado coronelismo eletrônico.
O capítulo específico da Constituição de 1988 sobre Comunicação Social tem cinco artigos, que nunca foram regulamentados. Pouco ânimo
Esse debate deveria estar fervendo na imprensa por esses dias, em função da conversa entre Sarney pai e Sarney filho, revelada pela Folha de S.Paulo. Mas o que os jornais destacam nas edições de terça-feira (10/2) é o projeto que livra da prisão os operadores ou responsáveis por emissoras clandestinas. Em vez de processo criminal, os acusados serão submetidos a processo administrativo no Ministério das Comunicações. Praticamente todos os jornais deram atenção à proposta, abordando corretamente o tema, com abertura de opiniões variadas.
A imprensa se manifesta contrária à existência das emissoras clandestinas, o que é razoável. Algumas delas estão nas mãos do crime organizado, mas na maior parte dos casos trata-se de emissoras comunitárias em situação irregular. É um problema que de fato precisa ser levado a debate, e até, eventualmente, a audiências públicas.
A imprensa está preocupadíssima com as emissoras clandestinas. Mas não tem o mesmo ânimo para a outra irregularidade, muito mais grave, que é a permanência do coronelismo eletrônico.
Por Luciano Martins Costa em 10/2/2009
Comentário para o programa radiofônico do OI, 10/2/2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Grampo da PF indica que Sarney usou jornal e TV para atacar grupo de Lago
Grampo da PF indica que Sarney usou jornal e TV para atacar grupo de Lago Governador do MA também é acusado, por assessores de Sarney, de usar veículos de comunicação para ataques
Como as emissoras de TV são concessões públicas, a lei 4.117/62 proíbe seu uso para fins políticos; senador não comenta a escuta da PF
LEONARDO SOUZA
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador José Sarney (PMDB-AP) e seu filho Fernando Sarney aparecem em uma escuta legal da Polícia Federal discutindo o uso de duas empresas do grupo de comunicação da família -a TV Mirante (afiliada da Rede Globo) e o jornal "O Estado do Maranhão"- para veicular denúncias contra seus rivais do grupo do governador Jackson Lago (PDT).
O Maranhão vive uma acirrada disputa política entre Sarney, eleito presidente do Senado na segunda-feira, e Lago -que também é acusado pelo grupo do senador de utilizar a mídia local para atacá-lo.
Em uma das conversas, a cujo áudio a Folha teve acesso, Sarney liga para seu filho pedindo que ele levasse à TV acusações contra Aderson Lago, primo e chefe da Casa Civil do governador Lago, que derrotou a filha de Sarney, Roseana, em 2006. Como as emissoras de TV operam por meio de concessão pública, a lei 4.117/62 veda seu uso para fins políticos.
O grampo foi feito pela PF nos telefones de Fernando, principal alvo da Operação Boi Barrica, que apura movimentações financeiras de empresas da família Sarney no período eleitoral de 2006. Fernando sacou R$ 2 milhões nos dias 25 e 26 de outubro daquele ano, três dias antes do segundo turno. O senador não é alvo do inquérito. Procurados pela Folha, Sarney e Fernando não quiseram se manifestar sobre o assunto.
Em um diálogo de 17 de abril de 2008, os dois tratam de uma denúncia publicada num blog do Maranhão contra Aderson e seu filho, Aderson Neto. Segundo o blog, Neto teria se envolvido em desvio de recursos públicos de convênios firmados entre a Prefeitura de Caxias (MA) e o governo estadual.
Na conversa, Sarney manda Fernando -que dirige o grupo de comunicação da família- levar ao ar na TV Mirante uma reportagem sobre o caso, ressaltando que Aderson sempre o atacou e que o insultou de "maneira brutal" num artigo. Fernando dá a entender que foi ele quem vazou a informação contra Aderson para o blog, e que já estava preparando reportagens sobre o tema tanto na TV quanto no jornal da família.
Sarney provavelmente se referia a um artigo publicado por Aderson no "Jornal Pequeno" e em "O Imparcial", no dia 15 de maio de 2007. No texto, Aderson chamou Sarney de "velho oligarca" e disse que luta contra o grupo do ex-presidente desde 1990, tendo feito "algumas das denúncias que mais incomodaram aquele que desejou ser o dono do Maranhão".
Reportagem
No dia seguinte ao diálogo entre Sarney e seu filho, "O Estado do Maranhão" publicou a reportagem "Empresa sediada no Rio recebeu verba pública destinada a Caxias", sobre a denúncia contra Aderson e seu filho. Houve ainda duas outras reportagens negativas a Lago na semana seguinte. Lago diz que a TV também fez matérias sobre as denúncias. Como o site da TV está fora do ar, não foi possível consultar os arquivos para verificar se isso ocorreu.
Aliados de Sarney, por seu turno, acusam Lago da mesma prática, utilizando veículos locais capitaneados pelo "Jornal Pequeno". "Os veículos de comunicação a serviço do governador Jackson Lago, entre os quais o "Jornal Pequeno", atacam a família Sarney de forma irresponsável, criminosa e sistemática, mas nem por isso a família Sarney usa seus veículos de comunicação para responder a essas calúnias", disse a assessoria do senador, que não quis comentar o grampo.
O deputado estadual Ricardo Murad (PMDB), líder do bloco de oposição ao governo estadual, vai ainda mais longe. Murad afirmou que Jackson Lago, por meio da Secretaria de Comunicação do Estado, financia diversos veículos de comunicação para atacar a família Sarney: "Com a exceção do sistema Mirante, quase todos os veículos de comunicação do Estado estão a serviço do governador. Esses jornais, capitaneados pelo "Jornal Pequeno", são bancados pela Secom", disse Murad, sem exibir provas.
Lourival Bogéa, diretor-geral e sócio do "Jornal Pequeno", rebateu as acusações: ""O Jornal Pequeno" é um veículo de comunicação que tem uma causa no Maranhão, que é a causa da democracia política".
Aderson Lago também nega as acusações: "Desde o primeiro dia do governo, eles tentam nos atacar, seja pela televisão, rádio, jornal ou blog", disse ele.
Segundo ele, aliados da família Sarney chegaram a pedir investigação ao Ministério Público Federal, sem sucesso. A Procuradoria da República no Maranhão confirmou que não há procedimento sobre o assunto. A Folha também não localizou processos contra Aderson e seu filho relacionadas ao caso.
Em 2001, Aderson ganhou uma causa no STJ por "danos morais" contra a Gráfica Escolar S/A, que edita "O Estado do Maranhão". Segundo Lago, seu filho foi tachado de "assassino" após um acidente de carro.
Como as emissoras de TV são concessões públicas, a lei 4.117/62 proíbe seu uso para fins políticos; senador não comenta a escuta da PF
LEONARDO SOUZA
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador José Sarney (PMDB-AP) e seu filho Fernando Sarney aparecem em uma escuta legal da Polícia Federal discutindo o uso de duas empresas do grupo de comunicação da família -a TV Mirante (afiliada da Rede Globo) e o jornal "O Estado do Maranhão"- para veicular denúncias contra seus rivais do grupo do governador Jackson Lago (PDT).
O Maranhão vive uma acirrada disputa política entre Sarney, eleito presidente do Senado na segunda-feira, e Lago -que também é acusado pelo grupo do senador de utilizar a mídia local para atacá-lo.
Em uma das conversas, a cujo áudio a Folha teve acesso, Sarney liga para seu filho pedindo que ele levasse à TV acusações contra Aderson Lago, primo e chefe da Casa Civil do governador Lago, que derrotou a filha de Sarney, Roseana, em 2006. Como as emissoras de TV operam por meio de concessão pública, a lei 4.117/62 veda seu uso para fins políticos.
O grampo foi feito pela PF nos telefones de Fernando, principal alvo da Operação Boi Barrica, que apura movimentações financeiras de empresas da família Sarney no período eleitoral de 2006. Fernando sacou R$ 2 milhões nos dias 25 e 26 de outubro daquele ano, três dias antes do segundo turno. O senador não é alvo do inquérito. Procurados pela Folha, Sarney e Fernando não quiseram se manifestar sobre o assunto.
Em um diálogo de 17 de abril de 2008, os dois tratam de uma denúncia publicada num blog do Maranhão contra Aderson e seu filho, Aderson Neto. Segundo o blog, Neto teria se envolvido em desvio de recursos públicos de convênios firmados entre a Prefeitura de Caxias (MA) e o governo estadual.
Na conversa, Sarney manda Fernando -que dirige o grupo de comunicação da família- levar ao ar na TV Mirante uma reportagem sobre o caso, ressaltando que Aderson sempre o atacou e que o insultou de "maneira brutal" num artigo. Fernando dá a entender que foi ele quem vazou a informação contra Aderson para o blog, e que já estava preparando reportagens sobre o tema tanto na TV quanto no jornal da família.
Sarney provavelmente se referia a um artigo publicado por Aderson no "Jornal Pequeno" e em "O Imparcial", no dia 15 de maio de 2007. No texto, Aderson chamou Sarney de "velho oligarca" e disse que luta contra o grupo do ex-presidente desde 1990, tendo feito "algumas das denúncias que mais incomodaram aquele que desejou ser o dono do Maranhão".
Reportagem
No dia seguinte ao diálogo entre Sarney e seu filho, "O Estado do Maranhão" publicou a reportagem "Empresa sediada no Rio recebeu verba pública destinada a Caxias", sobre a denúncia contra Aderson e seu filho. Houve ainda duas outras reportagens negativas a Lago na semana seguinte. Lago diz que a TV também fez matérias sobre as denúncias. Como o site da TV está fora do ar, não foi possível consultar os arquivos para verificar se isso ocorreu.
Aliados de Sarney, por seu turno, acusam Lago da mesma prática, utilizando veículos locais capitaneados pelo "Jornal Pequeno". "Os veículos de comunicação a serviço do governador Jackson Lago, entre os quais o "Jornal Pequeno", atacam a família Sarney de forma irresponsável, criminosa e sistemática, mas nem por isso a família Sarney usa seus veículos de comunicação para responder a essas calúnias", disse a assessoria do senador, que não quis comentar o grampo.
O deputado estadual Ricardo Murad (PMDB), líder do bloco de oposição ao governo estadual, vai ainda mais longe. Murad afirmou que Jackson Lago, por meio da Secretaria de Comunicação do Estado, financia diversos veículos de comunicação para atacar a família Sarney: "Com a exceção do sistema Mirante, quase todos os veículos de comunicação do Estado estão a serviço do governador. Esses jornais, capitaneados pelo "Jornal Pequeno", são bancados pela Secom", disse Murad, sem exibir provas.
Lourival Bogéa, diretor-geral e sócio do "Jornal Pequeno", rebateu as acusações: ""O Jornal Pequeno" é um veículo de comunicação que tem uma causa no Maranhão, que é a causa da democracia política".
Aderson Lago também nega as acusações: "Desde o primeiro dia do governo, eles tentam nos atacar, seja pela televisão, rádio, jornal ou blog", disse ele.
Segundo ele, aliados da família Sarney chegaram a pedir investigação ao Ministério Público Federal, sem sucesso. A Procuradoria da República no Maranhão confirmou que não há procedimento sobre o assunto. A Folha também não localizou processos contra Aderson e seu filho relacionadas ao caso.
Em 2001, Aderson ganhou uma causa no STJ por "danos morais" contra a Gráfica Escolar S/A, que edita "O Estado do Maranhão". Segundo Lago, seu filho foi tachado de "assassino" após um acidente de carro.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Matéria na Revista The Economist - De Dinossauros e semi-feudalismo - Sarney no Senado
Onde os dinossauros ainda vagueiam
Where dinosaurs still roam
Feb 5th 2009 | SÃO LUÍS
From The Economist print edition
Uma Vitória para o semi-feudalismo
A victory for semi-feudalism
JOSÉ SARNEY first ran for elected office over half a century ago. For the past 40 years he has controlled the fortunes of Maranhão, a state on the eastern fringe of Brazil's Amazon region. He has represented it as federal deputy (twice), governor, and senator (twice). In 1985 he became the accidental, and undistinguished, president of Brazil when the man chosen for the job died before he could take it up. More recently he has been senator for the nearby and newly-created state of Amapá (twice). Time to retire, one might think.
Mr Sarney may look like a throwback to an era of semi-feudal politics that still prevails in corners of Brazil and holds the rest of it back. But with the tacit support of Luiz Inácio Lula da Silva, the country's left-of-centre president, he was this week chosen to preside over the Senate. It is the third time in his career that he has held this powerful job, which confers a degree of control over the government's agenda and opportunities for patronage.
And so it will buttress Mr Sarney's grip over Maranhão just when some locals hoped that this was beginning to crack. The centre of São Luís, the state capital, is decrepit. Some historic buildings are well cared for, such as the gleaming white Church of Our Lady of the Exile. But most are slowly crumbling in the hot, wet weather. The streets are pitted with potholes. An extraordinarily large number of people hang around in the hope of getting a tip in return for showing drivers where to park. In a city of 1m people, there were 38 murders last month alone.
But it is outside São Luís where Maranhão's backwardness is most evident. In Sangue, a town in the interior, many people live in single-room houses, roofed with palm fronds, that lack both running water and electricity. Public transport is scarce. There is nothing much to buy or sell beyond bucketloads of bacuri, an Amazonian fruit. Educational achievement across the state is poor. Its infant mortality rate of 39 per thousand live births is 60% higher than the Brazilian average.
Reuters
Sarney and Lula, strange allies
Dominance by a single man or family was not uncommon in Brazil's north-east. But it is fading away. The Sarney clan is becoming unusual. Mr Sarney's daughter, Roseana, has been Maranhão's governor and currently represents it in the Senate. His son was a minister in Brazil's previous government. Other relatives are scattered in positions of authority in Maranhão's courts and the civil service. One of his lieutenants, Edison Lobão, is Lula's minister for mines and energy. When he took the job, Mr Lobão's seat in the national Senate went to his son; his wife sits in the lower house. All three of Maranhão's senators answer to Mr Sarney, as do his fellow senators from Amapá.
This control is aided by the Sarney family's ownership of Maranhão's biggest media company. Its television station transmits the programmes of Globo, which produces Brazil's most popular soap operas. These are interspersed with glowing news reports about the owner's family. Controlling television and radio stations is particularly useful in rural Maranhão, where a majority of the electorate is illiterate and where the Sarneys now draw most of their support. "We are ruled by an electronic oligarchy," laments Zé Reinaldo, a former state governor.
Even so, the family's power may finally be waning. In 2006 Roseana Sarney lost the gubernatorial election to Jackson Lago. But Mr Lago and his deputy are currently being investigated for electoral crimes. If they are impeached, Ms Sarney will take over as governor once again. In last year's municipal elections, Sarney candidates suffered some setbacks. "Sarney always says that Maranhão must vote for him so he can bring federal money from Brasília," says Arleth Santos Borges of the Federal University of Maranhão. "In fact he needs power in Brasília to shore up power here." That is what the Senate presidency brings him.
Meanwhile Maranhão continues in its sad way. "For fifteen years I have heard Sarney say he will bring development and tourism to Maranhão, but we still have one road in and one road out of this city," says Hélio, a waiter in São Luís. "And they are both a mess."
Where dinosaurs still roam
Feb 5th 2009 | SÃO LUÍS
From The Economist print edition
Uma Vitória para o semi-feudalismo
A victory for semi-feudalism
JOSÉ SARNEY first ran for elected office over half a century ago. For the past 40 years he has controlled the fortunes of Maranhão, a state on the eastern fringe of Brazil's Amazon region. He has represented it as federal deputy (twice), governor, and senator (twice). In 1985 he became the accidental, and undistinguished, president of Brazil when the man chosen for the job died before he could take it up. More recently he has been senator for the nearby and newly-created state of Amapá (twice). Time to retire, one might think.
Mr Sarney may look like a throwback to an era of semi-feudal politics that still prevails in corners of Brazil and holds the rest of it back. But with the tacit support of Luiz Inácio Lula da Silva, the country's left-of-centre president, he was this week chosen to preside over the Senate. It is the third time in his career that he has held this powerful job, which confers a degree of control over the government's agenda and opportunities for patronage.
And so it will buttress Mr Sarney's grip over Maranhão just when some locals hoped that this was beginning to crack. The centre of São Luís, the state capital, is decrepit. Some historic buildings are well cared for, such as the gleaming white Church of Our Lady of the Exile. But most are slowly crumbling in the hot, wet weather. The streets are pitted with potholes. An extraordinarily large number of people hang around in the hope of getting a tip in return for showing drivers where to park. In a city of 1m people, there were 38 murders last month alone.
But it is outside São Luís where Maranhão's backwardness is most evident. In Sangue, a town in the interior, many people live in single-room houses, roofed with palm fronds, that lack both running water and electricity. Public transport is scarce. There is nothing much to buy or sell beyond bucketloads of bacuri, an Amazonian fruit. Educational achievement across the state is poor. Its infant mortality rate of 39 per thousand live births is 60% higher than the Brazilian average.
Reuters
Sarney and Lula, strange allies
Dominance by a single man or family was not uncommon in Brazil's north-east. But it is fading away. The Sarney clan is becoming unusual. Mr Sarney's daughter, Roseana, has been Maranhão's governor and currently represents it in the Senate. His son was a minister in Brazil's previous government. Other relatives are scattered in positions of authority in Maranhão's courts and the civil service. One of his lieutenants, Edison Lobão, is Lula's minister for mines and energy. When he took the job, Mr Lobão's seat in the national Senate went to his son; his wife sits in the lower house. All three of Maranhão's senators answer to Mr Sarney, as do his fellow senators from Amapá.
This control is aided by the Sarney family's ownership of Maranhão's biggest media company. Its television station transmits the programmes of Globo, which produces Brazil's most popular soap operas. These are interspersed with glowing news reports about the owner's family. Controlling television and radio stations is particularly useful in rural Maranhão, where a majority of the electorate is illiterate and where the Sarneys now draw most of their support. "We are ruled by an electronic oligarchy," laments Zé Reinaldo, a former state governor.
Even so, the family's power may finally be waning. In 2006 Roseana Sarney lost the gubernatorial election to Jackson Lago. But Mr Lago and his deputy are currently being investigated for electoral crimes. If they are impeached, Ms Sarney will take over as governor once again. In last year's municipal elections, Sarney candidates suffered some setbacks. "Sarney always says that Maranhão must vote for him so he can bring federal money from Brasília," says Arleth Santos Borges of the Federal University of Maranhão. "In fact he needs power in Brasília to shore up power here." That is what the Senate presidency brings him.
Meanwhile Maranhão continues in its sad way. "For fifteen years I have heard Sarney say he will bring development and tourism to Maranhão, but we still have one road in and one road out of this city," says Hélio, a waiter in São Luís. "And they are both a mess."
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