Durante a caminhada, que teve início às 10h30, os balaios saíram da sede de Itapecuru em direção a Santa Rita.
No local onde Negro Cosme morreu, no século XIX durante a Balaiada, em Itapecuru, começou ontem a Marcha do Povo Maranhense pela Democracia, movimento que terá caminhadas e atos públicos para protestar contra a cassação do governador Jackson Lago. Hoje a Marcha sai de Santa Rita e acampa em Bacabeira e deve chegar a São Luís entre sexta-feira e sábado.
A Marcha do Povo Maranhense pela Democracia tem a participação de militantes partidários, membros de pastorais da igreja católica, do movimento Via Campesina, do MST, além de membros da Congregação das Irmãs Notre Dame, ligados à irmã Dorathy Stang, assassinada devido a conflitos com fazendeiros.
Durante a caminhada, que teve início às 10h30, os balaios saíram da sede de Itapecuru em direção a Santa Rita. Várias lideranças dos movimentos sociais discursaram e listaram motivos pelos quais a população do Maranhão não deve aceitar a volta da senadora Roseana Sarney.
“Só quem não conhece as leis de terra do final da década de 60 é que não compreende porque todos os setores rurais não querem a volta de Roseana (Sarney)”, afirmou Elias Araújo, da coordenação do Movimento dos Sem Terra.
Hoje a Marcha deve deixar Santa Rita em direção a Bacabeira, onde novos atos serão feitos. De acordo com a programação, os “balaios” seguirão por Perizes parando logo depois em Estreito dos Mosquitos, onde haverá um grande ato para depois seguir para a capital. Já em São Luís, dia 31 de março, a Marcha promove um ato em defesa da democracia na Praça Deodoro.
A partir de hoje a Macha do Povo Maranhense pela Democracia recebe o apoio do ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, que é ligado ao MST. Dutra chega hoje ao Maranhão e vem acompanhando o movimento já estrada. Até chegar em São Luís, a Macha do Povo Maranhense pela Democracia deve percorrer mais de 120 km a pé.
Fonte: Carla Lima