domingo, 5 de abril de 2009

ATO PÚBLICA EM DEFESA DA DEMOCRACIA E PELA RESISTÊNCIA AO SARNEISISMO



ATO PÚBLICA EM DEFESA DA DEMOCRACIA E PELA RESISTÊNCIA AO SARNEISISMO

Jackson diz que Maranhão pode dar ao Brasil um exemplo de resistência
Governador conclama resistência ao sarneisismo

Jackson Lago rechaça o golpe de Sarney contra o povo do Maranhão


O governador Jackson Lago declarou ontem à noite, na Praça Deodoro, que vai aguardar com serenidade a decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação ao processo que determinou a cassação de seu mandato. Entretanto, ele afirmou que, “se a Justiça não for justa”, estará junto com o povo nas ruas, lutando “para que a Justiça seja feita”. Falando para uma multidão que deixou a praça completamente lotada, o governador proferiu um contundente discurso, defendendo as obras de seu governo, e atacou duramente o grupo Sarney, dizendo que o senador José Sarney e seus aliados se utilizaram do poder, durante 40 anos, para enriquecer às custas do empobrecimento do povo do Maranhão.

Ao lado da primeira dama, Clay Lago, e de diversos deputados federais e estaduais, prefeitos do interior do Estado, dirigentes de entidades comunitárias e líderes de movimentos sociais, o governador Jackson Lago disse que está avaliando como irá reagir, se o TSE confirmar a sua cassação. “Nós temos de compreender que estamos sendo convocados para esta grande reflexão. Estamos atentos a este momento todo especial que o nosso Estado atravessa. E o Brasil inteiro também está olhando para nós, de forma que, neste momento, a nossa responsabilidade é muito grande”, declarou.

Rememorando episódios que marcaram o golpe de 31 de março de 1964, Jackson Lago destacou que, da mesma forma como o povo foi às ruas para protestar contra a ditadura militar, agora o povo maranhense começa a tomar consciência de que precisa reagir e tomar uma drástica posição contra o domínio do sarneysismo.

“O Maranhão poderá dar para o Brasil inteiro um exemplo de resistência, um exemplo de luta contra as oligarquias que dominam a Justiça, contra as oligarquias que controlam os tribunais”, discursou Jackson Lago. Ele fez um relato de seus dois anos e três meses à frente do Palácio dos Leões, enumerando as principais realizações de seu governo, e assinando que o exercício de seu mandato tem sido uma demonstração de que o serviço público pode e deve ser de boa qualidade.

“Estamos descentralizando o poder, através de amplos fóruns populares, formando um Maranhão democrático e participativo. Então, é por isso que eles não querem para o nosso governo continuar”, enfatizou Jackson Lago.

Antes do discurso do governador, fizeram contundentes pronunciamentos o presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Tavares, o líder nacional do Movimento dos Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, os deputados federais Julião Amin e Domingos Dutra, e a vereadora amapaense Cristina Almeida, que manifestou solidariedade ao povo maranhense e ao governador Jackson Lago, falando também em nome do ex-senador João Capiberibe e da deputada federal Janete Capiberibe.

Ao encerrar seu discurso, Jackson Lago pediu ao povo que fique de prontidão. Ele invocou os exemplos de luta do Negro Cosme, na Balaiada, e de Neiva Moreira, Maria Aragão, William Moreira Lima e de Leonel Brizola. Falando de Brizola, ele anunciou a presença em São Luís da cantora Beth Carvalho, que foi uma grande amiga do ex-governador do Rio de Janeiro e fundador do PDT. Neste instante, Beth Carvalho subiu ao palco, e cantou o Hino Nacional, abraçada com Clay Lago e o governador Jackson Lago. Emocionada, Beth Carvalho cantou também o hino do MST e fez um apelo para que a Justiça brasileira respeite a vontade soberana do povo do Maranhão