terça-feira, 14 de abril de 2009

Vigília Cívica no TSE

Vigília Cívica no TSE

Hoje estava na pauta do Superior Tribunal Eleitoral (STE) a análise dos recursos encaminhados pelos advogados da defesa do Governador Jackson Lago. Sem nenhum pudor nem respeito pela própria Justiça, os correligionários da senadora Roseana Sarney já estavam anunciando a toma de posse dela no Governo do Maranhão para o dia de amanhã.

Mas, nenhuma batalha se ganha nem se perde na véspera. Decididos a levar aos ministros a sua mensagem, os movimentos populares do Maranhão organizaram uma vigília cívica diante da sede do TSE em Brasília.

Aos poucos foram chegando os populares ao TSE, com bandeiras do Maranhão, bandeiras do Brasil e também as bandeiras dos respectivos movimentos, entre os quais o mais numeroso era o MST. Foi feito um grande círculo, e, de mãos dadas, todos cantaram músicas tradicionais das lutas populares, entre elas, aquela que ficou imortalizada nos anos da resistência à ditadura, de Gerardo Vandré, "Por não dizer que não falei de flores", puxadas por um violeiro. Foi também feita uma oração, para que Deus iluminasse os ministros que estão julgando os recursos; foi rezado um pai nosso, e também, ao som de uma flauta doce, foi cantado o Hino Nacional.

Depois a roda começou a andar - com a bandeira do Maranhão na frente - e foi feito um abraço simbólico ao prédio do TSE.

Uma vigília singela, mas carregada de simbolismo e de emoção.

Dois camburões da polícia que foram chamados e chegaram às pressas pouco depois da concentração dos populares ter começado não tiveram trabalho nenhum: a intenção dos maranhenses e amigos do Maranhão lá presentes não era agredir ninguém. Nem fazer baderna. Era simplesmente levar a sua mensagem e a sua reivindicação a um Tribunal que tem a enorme responsabilidade de julgar recursos que podem mudar a história de um Estado como o Maranhão.

Texto: Beatriz Bissio
14/04/2009